Imagine um cenário em que é necessário aceder a um local que interfere com os componentes eletrónicos dos aparelhos ou robots. Um grupo de engenheiros da University of California San Diego criou um robot de quatro pernas construído com componentes plásticos, dispensando por completo qualquer acessório eletrónico para interação e movimentação.

Tudo o que o robot precisa é ar comprimido para que a sua pressão possa ativar os controlos e sistema de locomoção. Tal como é referido no documento da investigação, este protótipo é um passo em frente naquilo que pretende ser um robot completamente autónomo e sem necessidade de eletrónica.

É explicado que estes robots podem ser utilizados em diferentes cenários, desde os modelos de baixo custo destinados aos brinquedos, aos mais complexos, utilizados em cenários onde não é possível operar com máquinas eletrónicas. Por exemplo, minas onde se pode perder o sinal de transmissão. É referido que este tipo de robots pode ser facilmente adaptável ao ambiente e são seguros perto dos humanos.

Segundo os investigadores, a maioria destes robots que utilizam pressão de ar são controlados através de circuitos eletrónicos. Estes componentes, que incluem placas de circuitos, válvulas e bombas, são dispendiosos, além de ocuparem bastante espaço exterior. Já este novo robot utiliza circuitos pneumáticos de baixo custo, feito de tubos e válvulas leves, dentro da própria máquina. Este modelo pode deslocar-se através de comandos e responder ao tipo de ambiente.

Os investigadores referem que através desta técnica podem ser criados cérebros de robots muito complexos. Para a demonstração, foi produzido um sistema nervoso controlado por ar comprimido para o fazer caminhar. Este modelo imita os reflexos de um mamífero, conduzido por respostas neurais da sua espinha, em vez do seu cérebro. Nesse sentido, a equipa consegue controlar milimetricamente a ordem com que o ar comprimido entra nas válvulas colocadas nos seus músculos nas quatro pernas.

Veja no vídeo o robot em ação.