As primeiras unidades do Galaxy Fold foram enviadas a diversos meios e publicações para serem avaliadas, mal sabia a Samsung dos problemas detetados, o que levou a fabricante a recolher e adiar o lançamento do seu primeiro smartphone dobrável. A iFixit, especialista em reparações, foi uma das que recebeu uma unidade de teste, e como sempre, desmontou-a para avaliar a dificuldade na reparação e também “cuscar” o interior do dispositivo. A questão é que a especialista não teve melhor sorte que outros meios que receberam o smartphone e o dispositivo viria a sucumbir aos testes, levando 2 pontos em 10.
Agora é a vez de desmontar o novo modelo, revisto e já colocado em diversos mercados internacionais, com Portugal infelizmente ainda de fora da lista de lançamento. Para começar, a especialista reparou em novas instruções de manuseamento, para que os utilizadores tenham mais cuidado a lidar com o dispositivo, incluindo avisos para não tocar no ecrã com muita força ou expô-lo ao pó.
A empresa afirma ainda que diversos pontos de contacto frágeis foram reforçados, sobretudo a falha no final da dobra, em que os detritos colocavam em causa a integridade do vidro. Quando está fechado, o ecrã fica protegido, mas ainda que o perigo da pequena falha de danificar o ecrã tenha sido bastante reduzida, o local ainda é passível de acumular sujidade. A iFixit reconhece o esforço da fabricante em cobrir os pontos mais sensíveis e frágeis do smartphone, mas considera ser um grande desafio quando o equipamento tem demasiados pontos que se movem.
No que diz respeito à desmontagem, a especialista afirma que o ecrã de vidro curvo torna difícil abri-lo, mas neste caso, tem uma área direita que permite puxá-lo mais facilmente. O processo é bem mais complexo que os smartphones convencionais, visto que tem mais componentes e até duas baterias. Como pontos positivos, a iFixit refere que todos os parafusos são retirados facilmente com uma chave Philips, e que vários componentes são modelares, o que permite serem substituídos em separado.
Mas os pontos negativos sobrepõem-se, mais uma vez, referindo que as mecânicas associadas à dobragem constante do equipamento vão começar a falhar e eventualmente vão requerer substituição. É ainda referido que o ecrã continua a ser frágil e que mais cedo ou mais tarde vai ser necessário ser substituído, o que faz sentido, já que recentemente a Samsung revelou o plano de substituição do display por 600 dólares.
Notou ainda que as baterias são substituíveis, mas são “desnecessariamente” difíceis de trocar, devido aos adesivos utilizados, criando o risco de estragar os suportes do ecrã. A cola continua a ser o principal “inimigo” das reparações, colocando em perigo os componentes do smartphone, sobretudo os ecrãs.
No final, a iFixit acabou por deixar a nota na mesma, ou seja, um 2 em 10 pontos…
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