A Cassini iniciou esta semana a derradeira fase da sua missão, fazendo o primeiro de cinco últimos mergulhos na atmosfera superior de Saturno, antes do “grand finale”.

Feitos esse cinco mergulhos, a sonda regressa mais uma vez, desta feita para a “manobra suicida” que a levará a incendiar-se nos céus do planeta dos anéis, a 15 de setembro.

Neste últimos voos, realizados entre 1.710 e 1.630 quilómetros acima das nuvens de Saturno, a sonda continuará a registar e a enviar dados para Terra sobre a temperatura, as auroras boreais ou os vórtices polares do planeta, como tem sido comum, a par de belas imagens que a NASA vai mostrando.

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Tudo vai parar quando a Cassini chegar a uma altitude onde a densidade atmosférica será cerca de duas vezes a encontrada até então. Nessa altura, os controladores da missão deverão perder o contacto com a sonda, uma vez que será difícil aos seus propulsores manterem a antena apontada para Terra, explica a NASA.

Antes do mergulho final, terá ainda tempo para fazer um voo rasante a Titã, a maior lua de Saturno, no dia 11 de setembro, numa manobra que servirá essencialmente para “desacelerar” o dispositivo espacial, permitindo que a recolha de dados se prolongue até mesmo ao efetivo momento de destruição da sonda que começou a sua viagem em 1997.