Por enquanto não há uma explicação oficial para a falha de comunicação, mas os cientistas acreditam que pode ser consequência de uma movimentação do robot, que terá levado à obstrução da antena e feito com que um dos transmissores deixasse de funcionar.

Para que o módulo de aterragem da sonda Rosetta se tivesse deslocado podem ter contribuído emissões de gás, acreditam os cientistas, explicando que a comunicação com a Rosetta - que se mantém a orbitar o mesmo cometa, também não é fácil, uma vez que a aproximação do 67P/Churyumov-Gerasimenko do sol tem vindo a aumentar o nível de poeiras que este liberta.

A má localização já tinha afetado a Philae na altura em que chegou ao destino, em novembro do ano passado. Depois de chegar ao 67P, o robot hibernou e só voltou a dar notícias a 13 de junho. Tinha pousado numa zona do cometa onde não conseguia receber luz suficiente para carregar os paineis solar que lhe permitem gerar energia. Só no início de junho, com a aproximação do cometa ao sol, foi possível à sonda recuperar energia e comunicar com a nave-mãe e com a Terra.

A Philae é o primeiro robot a pousar num cometa, algo que aconteceu em novembro do ano passado, numa missão da Agencia Espacial Europeia. Para recuperar o contacto, foi agora dada uma ordem ao robot para que use apenas um dos transmissores para comunicar.