Partilhada pela China National Space Administration (CNSA), a imagem foi captada por uma das câmaras a bordo da Tianwen 2 e mostra os seus painéis solares totalmente abertos no Espaço.

Como explica a CNSA, os painéis solares da Tianwen 2 contam com uma configuração circular e flexível, sendo especialmente concebidos para ajudar a sonda a ter energia suficiente para conseguir chegar à localização do asteroide, a cerca de 375 milhões de quilómetros do Sol.

Tianwen 2 | Primeira imagem enviada para a Terra
Tianwen 2 | Primeira imagem enviada para a Terra créditos: CNSA

No mesmo comunicado, a agência espacial chinesa detalha que a sonda se encontra a mais de três milhões de quilómetros da Terra e que todos os seus sistemas estão a funcionar como esperado.

O plano da agência espacial chinesa prevê que a sonda chegue ao seu destino em 2026, entrando em órbita em torno do asteroide, onde permanecerá durante vários meses.

Clique nas imagens para ver com mais detalhe

A partir daí, a Tianwen 2 vai aproximar-se do Kamo'oalewa, usando um braço mecânico para recolher amostras da sua superfície. Depois desta fase, a sonda regressará à órbita da Terra, onde deixará as amostras recolhidas.

Recorde-se que o asteroide Kamo'oalewa foi detetado pela primeira vez em 2016 por um telescópio de observação de asteroides no Observatório de Alta Altitude de Haleakala, no Havai, Estados Unidos. Os investigadores acreditam que pode conter informação importante sobre as primeiras fases do sistema solar, incluindo aspectos da sua composição e evolução originais.

China está a construir guardas robóticos para proteger a estação espacial Tiangong
China está a construir guardas robóticos para proteger a estação espacial Tiangong
Ver artigo

A China tem vindo a investir significativamente no seu programa espacial e pousou com sucesso a sonda Chang'e 4 no lado oculto da Lua, a primeira vez que tal foi conseguido. Tornou-se também o terceiro país, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos, a chegar a Marte, prevendo recolha de amostras no Planeta Vermelho e chegada das mesmas à Terra em 2030.

Além disso, a China opera a sua própria estação espacial, a Tiangong, que funcionará durante cerca de 10 anos e poderá tornar-se a única plataforma orbital em operação. Mais recentemente, o país deu a conhecer que quer reforçar a segurança da sua estação espacial e está a desenvolver robots "alimentados" por inteligência artificial com capacidade de agir em caso de ameaça ou emergência.

Os robots têm como missão iterceptar e afastar qualquer objeto suspeito que se aproxime demasiado da estação Tiangong. Por outro lado, os robots não estarão equipados com armas ou projéteis, optando por uma abordagem que passa por agarrar os objetos e empurrá-los para longe da rota que coloca a estação espacial em perigo.