Sempre que as Agências Espaciais dos EUA (NASA) ou da Europa (ESA) abordam uma nova missão espacial, procuram sempre novas formas de inovar em algum aspeto, seja no processo de envio das ferramentas para outros astros, seja no modo de comportamento quando no local, seja na forma como aterram no planeta ou na lua. Mas com o projeto Super Ball Bot existem muitos conceitos que vão ser postos à prova.

O exosqueleto que está a ser desenvolvido e testado com a ajuda da NASA tem a particularidade de se parecer com um brinquedo de criança - tem uma forma esférica, é composto por várias arestas e é maioritariamente oco. Por outro lado tem a vantagem de conseguir "sobreviver" a fortes impactos e de se mover em vários tipos de solo.

Para isso o Super Ball Bot faz uso da sua composição de juntas para se moldar, adaptando-se ao terreno e ajudando na tensegridade da sua estrutura, um fenómeno que usa a tração e a compressão para se manter unido e para melhorar a estabilidade na locomoção.

O Super Ball Bot tem como destino Titã, uma das luas de Saturno e a segunda maior do sistema solar. Graças ao seu "design" os astrónomos acreditam que alguns problemas, como o da aterragem, podem ser facilmente ultrapassados, já que o robô absorve o impacto da queda, poupando na energia e nos elementos externos que o transportam até ao satélite natural. Os cientistas estimam que o veículo podia ser largado a 100 quilómetros da superfície.

Como se molda facilmente, consegue adaptar-se a vários tipos de terreno, sendo em determinadas situações mais móvel do que os típicos rovers que podem empancar em pedras e terrenos mais arenosos. Se for de baixo peso o Super Ball Bot, pode inclusive mover-se à boleia de ventos.

Este último facto joga também contra os propósitos dos investigadores, já que podem ter dificuldades em manter o robô numa localização específica para estudo. A mobilidade pouco controlada a partir da Terra é aliás um dos fatores indicados pelos principais responsáveis do projeto no vídeo acima reproduzido.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico