Mais de três meses depois do início da erupção a 19 de setembro, o vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, Canárias, voltou a adormecer.
No dia de Natal, e depois de 10 dias consecutivos sem sinais visíveis de atividade, incluindo fluxos de lava, sismos ou emissões de dióxido de enxofre significativas, as autoridades anunciaram que a erupção, considerada como a mais longa erupção na história da ilha espanhola, assim como a mais destrutiva do último século na Europa, tinha chegado ao fim.
Dias antes de ter sido decretado o fim da erupção, enquanto se esperava que o vulcão desse sinais de que tudo estaria a chegar ao fim, as autoridades e a população local começaram a avaliar os estragos causados, assim como a dar início àquele que se espera que seja um longo processo de recuperação.
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De acordo com dados avançados pelo jornal El País, estima-se que a lava expelida pelo vulcão tenha arrasado 1.219 hectares de terra, afetando mais de 3.000 edifícios e levando à retirada de 7.000 pessoas.
Ao longo do período em que o vulcão esteve ativo, registaram-se mais de 9.000 sismos. Os rios de lava do Cumbre Vieja avançaram em direção ao mar, acabando por aumentar a dimensão da ilha espanhola em 43 hectares.
O governo regional estima que os prejuízos causados pelo desastre natural atinjam os mil milhões de euros e, de acordo com especialistas, o processo de recuperação da ilha poderá demorar vários anos, lembrando que, mesmo depois da erupção ter chegado ao fim, ainda existem riscos associados à emissão de gases tóxicos e ao desabamento de terrenos.
A evolução do desastre que abalou La Palma vista a partir do Espaço
Recorde-se que, em outubro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a GeoSat divulgaram imagens de satélite captadas 10 dias após o início da erupção em La Palma, dando a conhecer a devastação provocada no terreno e os rios de lava que chegavam ao mar.
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Na altura, o IPMA revelou que os valores das descargas de lava chegaram aos 700 metros/hora, gerando temperaturas superiores a 1.000 graus Celsius. Estimava-se que tenham sido libertadas 6.000 a 9.000 toneladas de dióxido de enxofre por dia na atmosfera.
Os satélites europeus Copernicus também captaram o desastre a partir do Espaço, tendo sido dos primeiros a disparar os primeiros alarmes de atividade sísmica ainda a 11 de setembro, na zona sul da ilha espanhola.
Em apenas uma semana foram registados cerca de 22.000 tremores, com aumento de frequência, magnitude, que desde logo indiciaram a atividade vulcânica que acabou por ocorrer no dia 19 de setembro.
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Em novembro, o vulcão atingiu uma fase particularmente agressiva, tornando-se mais explosivo e violento e os satélites europeus Copernicus voltaram a revelar a devastação causada na ilha.
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