Desde 2014, o Instituto Pedro Nunes (IPN) gere três programas de transferência de tecnologia espacial da ESA, "que têm permitido às empresas portuguesas receber apoio técnico, financeiro e de negócio para criarem os seus negócios com ativos espaciais", refere em comunicado. Amanhã vão ser partilhados os resultados na conferência que decorre a partir das 10 horas da manhã nas instalações do IPN, com a presença de João Gabriel, presidente do Instituto Pedro Nunes, Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, Fernando Guerra, da ANACOM, e Jorge Pimenta, coordenador do ESA Space Solutions Portugal.

Através do ESA Business Incubation Centre (ESA BIC Portugal), o IPN apoiou 58 startups que utilizaram tecnologia espacial para inovar e criar novos produtos e serviços. Em 2022, essas startups geraram uma receita total de 4,3 milhões de euros e uma taxa de exportação de 49%.

"Mais de 150 novos empregos foram criados por estas empresas, evidenciando assim o impacto significativo no ecossistema empresarial português", sublinha o IPN.

No balanço de nove anos, o IPN refere ainda ter cofinanciado estudos de viabilidade técnica e de mercado de 31 projetos portugueses que utilizaram ativos espaciais para criar novas aplicações para mercados terrestres, com um investimento de mais de 775 mil euros, como embaixador do programa ESA Business Applications.

Neste período, o IPN, que também dinamiza a Rede de Transferência de Tecnologia da ESA (Technology Broker), mapeou 84 tecnologias desenvolvidas para o espaço pela indústria portuguesa, que podem ser transferidas para mercados não espaciais, e apoiou com sucesso 11 casos de transferência de tecnologia espaço-terra.

"É inspirador testemunhar, não apenas o crescimento exponencial das startups apoiadas pelo IPN, mas também o impacto tangível que a inovação espacial trouxe ao panorama empresarial português”, refere Jorge Pimenta, coordenador do ESA Space Solutions Portugal, citado no comunicado. "Durante esses nove anos, conseguimos transformar desafios do espaço em oportunidades na Terra, impulsionando não apenas o setor espacial, mas também gerando empregos e fomentando uma visão empreendedora", acrescenta.