Um grupo de cientistas da Universidade de Tecnologia de Chalmers e o centro científico Wallenberg Wood na Suécia, testou com sucesso a utilização de materiais mais amigos do ambiente na construção de edifícios. Os biomateriais são compostos por matéria nanocelulose hidrogel que podem ser impressos em 3D. Esta matéria-prima pode ser extraída das fibras de celulose das plantas.

Segundo é reportado pelo Euronews, esta tecnologia de impressão 3D de nanocelulose já é utilizada numa escala menor, sobretudo na biomedicina, pela compatibilidade dos materiais. Mas agora está a ser investigada como materiais para arquitetura e utilizada pela primeira vez na construção, destaca um dos investigadores à fonte noticiosa.

Estes materiais são muito leves quando impressos a 3D e depois secos. Estas fibras podem ser utilizadas em todos os tipos preenchimentos mais leves, desde janelas, persianas, sistemas de painéis acústicos, entre outras aplicações. Foi explicado que a equipa começou a produzir protótipos do tamanho de caixas de fósforos, mas já se consegue aplicar atualmente no tamanho de uma folha A4. Atualmente já pode ser aplicado num sistema de ladrilhos de pequenos componentes nos edifícios.

Para a investigação, os cientistas utilizaram um composto à base de algas, que torna estes materiais nanoceluloses mais flexíveis quando secam. No entanto, trabalhar com hidrogel requer uma calibração meticulosa, o que oferece vantagens e desvantagens. Uma das suas propriedades é que não liquidifica, mantendo-se na forma que seja necessária. Por outro lado, por ser um hidrogel contém muita água. Isso acata alguns desafios na secagem do material, mas que pode ser mitigado se a impressora estiver bem calibrada.

Estes materiais orgânicos podem contribuir para um futuro na construção mais sustentável e verde. Os materiais utilizados na investigação podem ser encontrados facilmente na floresta, nas serrações ou agricultura como os resíduos de palha. Estes resíduos podem transformar-se em novos materiais. E não é necessária muita energia para trabalhar a matéria-prima, o que torna o processo energeticamente mais eficiente.

Apesar do bom progresso na investigação, esta tecnologia ainda não está pronta para ser utilizado nos exteriores dos edifícios, sendo para já aplicado nos interiores.