Não há um problema em concreto para resolver neste momento, pelo menos de acordo com a informação disponível. Mas a existência de asteroides com potencial de destruição, pela proximidade da Terra na sua trajetória, são uma preocupação bem real e uma possibilidade para a qual os cientistas estão atentos e têm procurado antecipar respostas.

A Agência Espacial Chinesa também está preocupada com o tema e anunciou este domingo que está a preparar uma missão onde vai testar um novo sistema de defesa planetário, para este tipo de eventos. O ponto alto da missão será o envio ao espaço de uma nave para a atingir um asteroide, com o objetivo de o mandar para uma nova órbita e para um trajetória mais segura para quem vive na Terra.

A operação será preparada ao longo dos próximos quatro anos, como anunciou o diretor da agência, Sunday by Wu Yanhua, em declarações citadas pelo Global Times. O asteroide a desviar ainda não foi escolhido.

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O programa chinês tem várias vertentes, a começar pela monitorização e mapeamento de asteroides próximos da Terra e com potencial para representar uma ameaça para o planeta. Vai cobrir a possibilidade de simular colisões com a Terra, prevê um novo sistema de alerta para este tipo de eventos e o lançamento de missões espaciais para desviar a trajetória dos asteroides que possam vir a atingir a Terra durante a sua trajetória.

Como também explica o Global Times, o projeto está numa fase inicial e os detalhes ainda estão a ser revistos para aprovação, embora a ideia não seja nova. Já em janeiro do ano passado a China tinha anunciado planos para estudar um novo sistema de defesa planetário.

A NASA e a Agência Espacial Europeia também estão a trabalhar nesta área, com simuladores, mas também com uma missão no terreno, que foi lançada em novembro passado. A DART (Double Asteroid Redirection Test) vai ajudar os cientistas a recolherem dados sobre o efeito da colisão propositada de uma nave com um asteroide para alterar a sua trajetória que, neste caso, já não passaria pela Terra.

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No caso, a colisão vai acontecer com o sistema binário que compreende o asteroide Didymos e o corpo secundário que o orbita, Dimorphos. O primeiro tem aproximadamente 780 metros de diâmetro e o segundo com 160 metros.

O objetivo é que a DART colida de propósito com Dimorphos a cerca de 24 mil quilómetros por hora. A colisão irá transferir a energia cinética da nave para a rocha, empurrando-a para mais perto de Didymos e mudando a velocidade da órbita do asteroide secundário em redor do principal em 1%. A viagem já começou, o encontro está marcado para setembro.

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