A SpaceX tem um plano de enviar para o espaço 42.000 satélites para desenvolver a constelação Starlink, com o objetivo de cobertura de internet a nível global. A empresa de Elon Musk tem lançado remessas de 60 satélites, a um ritmo de três semanas, somando já 360 unidades a orbitar a Terra. Apesar de ter todas as autorizações necessárias, o impacto dos satélites no céu tem sido alvo de controvérsia entre a comunidade científica de astronomia, pela “poluição” visual que está a causar na observação espacial.
Os satélites Starlink têm sido observados e fotografados um pouco por todo o mundo pelos astrónomos, e pela primeira vez, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional partilharam uma das passagens desses equipamentos da SpaceX, como pode ver na foto em baixo.
Como foi explicado, a ISS estava a sobrevoar o sul do oceano Índico quando se deu a observação. As câmaras da estação estavam apontadas para o sul, em direção à Antártica. Foi quando se deu uma brisa de vento solar contra o campo magnético terrestre, gerando auroras projetadas no continente gélido. Foi neste cenário que, literalmente, passou o comboio de satélites por cima da camada da aurora, ficando registado na fotografia. Um especialista holandês em satélites usou a imagem divulgada pela NASA e legendou o nome dos satélites, identificando-os como parte do quarto lançamento, a 17 de fevereiro deste ano, como refere no seu blog.
Os astrónomos do European Southern Observatory (ESO) voltaram a alertar Elon Musk para as consequências do projeto Starlink. O magnata acredita que a constelação não terá impacto na astronomia, mas os cientistas afirmam que os satélites podem interferir com os telescópios terrestres durante o amanhecer e anoitecer, quando estes ainda estão a refletir a luz solar. Elon Musk já terá demonstrado vontade de cooperar com a comunidade científica para encontrar soluções, tendo marcado uma reunião com os investigadores.
Nos últimos meses, as observações de diversos astrónomos têm sido “invadidas” pelo comboio de satélites. Um dos exemplos foi Scott Tucker, do Tucson, no Arizona, que se encontrava a fotografar Vénus, na madrugada da última sexta-feira, dia 17 de abril, quando captou o mais recente grupo enviado para a constelação Starlink.
Na galeria pode ver fotografias dos satélites captados a “invadir” as paisagens espaciais durante as observações de diferentes astrónomos e entusiastas da astronomia.
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