Há relativamente pouco tempo - em termos geológicos -, um asteroide colidiu com Marte, formando a enorme cratera Corinto, uma área com 14 quilómetros de diâmetro e um quilómetro de profundidade, localizada em Elysium Planitia. Mas não só.
O impacto de há cerca de 2,3 milhões de anos gerou um grande volume de detritos que criaram perto de 2.000 milhões de crateras mais pequenas, perante a falta de forças climáticas e estabilidade das placas tectónicas no Planeta Vermelho.
As crateras “extra” têm no mínimo 10 metros e estão a até 2.000 quilómetros de distância da cratera original criada pelo impacto direto do asteroide, segundo um estudo recente, que teve os seus resultados apresentados na Conferência de Ciência Lunar e Planetária (LPSC 2024).
Com base nos dados registados pelo Mars Reconnaissance Orbiter, os investigadores concluíram também que a bacia interna da cratera provavelmente continha água gelada no momento do impacto, indicada por sinais de desgaseificação do gelo superaquecido.
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O ângulo de impacto do asteroide foi calculado entre 30-45 graus, vindo de norte, o que direcionou a maior parte dos detritos para o sul da cratera. A grande distância entre o local do impacto principal e as crateras secundárias demonstra a extensão do impacto e a dispersão dos detritos.
Os investigadores classificaram as crateras adicionais no extenso "sistema de raios" em cinco categorias, cada uma com características distintas relacionadas com a distância que mantêm face à cratera central.
As novas descobertas fornecem dados valiosos sobre os processos geológicos de Marte e a influência do impacto de asteroides na superfície do Planeta Vermelho.
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