
Um grupo de cientistas das universidades de Harvard e de Emory, nos Estados Unidos, desenvolveu aquele que afirma ser o primeiro peixe artificial biohíbrido, criado à base de células estaminais humanas derivadas de músculos cardíacos. A criação poderá ajudar os investigadores a desenvolver uma nova plataforma que permitirá um estudo mais aprofundado de condições cardíacas, como arritmia.
De acordo com os investigadores, que publicaram as suas conclusões num estudo na revista científica Science, o desenvolvimento do peixe biohíbrido toma por base outros trabalhos de investigação anteriores. Em 2012, o grupo tinha usado células de músculos cardíacos de ratos para criar uma alforreca biohíbrida e, em 2016, uma raia artificial capaz de nadar.
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Desta vez a equipa inspirou-se na forma e no modo de locomoção do peixe-zebra. A sua nova criação é composta por duas camadas de células estaminais humanas derivadas cardiomiócitos, uma em cada lado da barbatana caudal.
Quando um lado da barbatana se contrai, o outro distende-se, criando depois um ciclo contínuo de movimento. Através dele, o peixe biohíbrido foi capaz de se mover de forma autónoma durante mais de 100 dias. Em destaque está ainda um sistema que controla a frequência e ritmo das contrações da barbatana caudal.
Em comunicado, Kit Parker, especialista em bioengenharia da Universidade de Harvard, explica que o grande objetivo da equipa é desenvolver um coração artificial que possa ser utilizado para ajudar crianças com malformações cardíacas.
O cientista indica que, ao contrário de outros projetos com objetivos semelhantes, a equipa optou por identificar os princípios biofísicos que fazem com que um coração funcione, replicando-os num sistema vivo, como um peixe biohíbrido, para verificar se as suas tentativas foram bem-sucedidas. Tendo em mente o seu objetivo final, a equipa de cientistas quer agora desenvolver novos sistemas biohídridos ainda mais complexos à base de células cardíacas humanas .
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