Um filamento solar “disparou” para fora do astro-rei este último fim de semana, criando uma grande erupção de plasma conhecida como ejeção de massa coronal (CME) em direção à Terra.

O fenómeno levou a National Oceanic and Atmospheric Administration dos EUA e emitir um alerta de tempestade geomagnética moderada de classe G2, com as possíveis consequências que lhe são apontadas.

Relacionadas com a perturbação do campo magnético da Terra, as tempestades solares podem interromper comunicações de rádio, “expulsar” satélites da órbita e até mesmo causar falhas de energia. Já pela positiva, também podem provocar auroras boreais nos polos terrestres. E foi este lado que prevaleceu.

Clique nas imagens para mais detalhe

O impacto dos ventos solares no campo magnético da Terra resultou em algumas auroras boreais, mas não foi forte o suficiente para causar interferências nos sinais de comunicação.

Os efeitos (positivos) chegaram efetivamente, mas antes do previsto. A estimativa era que os resultados da tempestade geomagnética moderada atingissem a Terra segunda-feira à noite, mas tal acabou por acontecer de manhã, ou seja cerca de 12 horas antes.

Veja o vídeo do Solar Dynamics Observatory da NASA

A previsão de tempestades solares é especialmente difícil nesta altura, com o Sol a mostrar-se mais ativo, além da complexidade do clima espacial, juntamente com um número limitado de sensores “no terreno”, apontam os especialistas. Antever a força de uma tempestade solar quando atinge a Terra também é muito difícil.

À medida que o Sol se aproxima de um pico no seu ciclo de atividade solar de 11 anos, estimado para 2025, esperam-se eventos climáticos mais extremos. Assim como na Terra, a “meteorologia espacial” é inconstante e as previsões podem mudar de um momento para o outro, alertam.