O recém-descoberto asteroide 2023 BU foi o protagonista do céu noturno na madrugada desta sexta-feira, ao passar a cerca de 3.600 quilómetros da superfície terrestre, mais ou menos o equivalente à distância entre Lisboa e Atenas, ou 10 vezes mais perto do que os conjuntos de satélites de comunicação visíveis no céu.

Na altura em que a rocha espacial foi detetada, o sistema de avaliação de risco de impacto Scout, da NASA, descartou logo a probabilidade de impacto, mas também previu que o asteroide passaria extraordinariamente próximo da Terra. “Na verdade, esta é uma das maiores aproximações já registada de um objeto a acercar-se da Terra”, apontou Davide Farnocchia, engenheiro do JPL responsável pelo desenvolvimento do Scout, citado pela agência norte-americana em comunicado.

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2023 BU créditos: ESA

Mesmo que a hipótese de embate com a Terra existisse, o asteroide de entre 3,8 e 8,5 metros veria a maior parte do seu corpo rochoso desintegrado à entrada na atmosfera, com alguns dos pedaços maiores provavelmente a caírem como pequenos meteoritos.

A passagem do 2023 BU foi acompanhada online, em transmissões feitas com recurso aos telescópios apontados aos céus, que registaram o momento, como o SAPO TEK deu conta.

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O trajeto do asteroide terá sido drasticamente alterado pela gravidade da Terra, fazendo com que o mesmo passe a demorar 425 dias a completar uma volta ao Sol, numa órbita oval, em vez de 359 dias. O 2023 BU só voltará a passar perto da Terra a 6 de dezembro de 2036.

A ameaça de impacto de asteroides na Terra tem sido levada a sério pelos cientistas, e embora seja difícil observar todo o espaço, há sistemas de monitorização que avaliam o risco destes objetos e da entrada na atmosfera. No ano passado a NASA conseguiu mesmo alterar, embora ligeiramente, a rota do asteroide Dimorphos, um teste feito pela missão DART.

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Na próxima semana vai ser possível observar a passagem do cometa C/2022 E3 (ZTF) pela Terra. O cometa já anda por aí, com a sua cauda esverdeada e é uma visita rara, voltando a aproximar-se no nosso planeta depois de 50 mil anos.

Vai brilhar em todo o seu esplendor, podendo ser visto a olho nu, quando estiver mais perto da Terra, o que deverá acontecer no final de janeiro, princípios de fevereiro. Mais especificamente, está previsto que a 1 de fevereiro atinja o perigeu, o ponto mais próximo da Terra, a 42,5 milhões de quilómetros de distância.

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