As hipóteses de atingir a Terra e causar problemas são remotas, mas ainda assim o asteroide 2023 BU não vai passar despercebido, pela “razia” que se prepara para fazer ao planeta azul, considerada a mais próxima de sempre de um objeto do género.

Com uma dimensão entre 3,8 e 8,5 metros, a rocha espacial vai passar a cerca de 3.600 quilómetros acima da superfície do planeta, ou seja, mais ou menos o equivalente à distância entre Lisboa e Atenas, ou 10 vezes mais perto do que os conjuntos de satélites de comunicação visíveis no céu.

O sistema de avaliação de risco de impacto Scout, da NASA, rapidamente descartou um impacto, mas apesar das poucas observações, foi capaz de prever que o asteroide passará extraordinariamente próximo da Terra. “Na verdade, esta é uma das maiores aproximações já registada de um objeto a acercar-se da Terra”, refere Davide Farnocchia, engenheiro do JPL responsável peço desenvolvimento do Scout, citado pela agência espacial em comunicado.

Não há risco de embate com a Terra, mas mesmo que essa probabilidade existisse, a maior parte da rocha espacial queimaria à entrada na atmosfera, com alguns dos pedaços maiores provavelmente a caírem como pequenos meteoritos, sublinha a NASA.

O trajeto do asteroide será drasticamente alterado pela gravidade do planeta azul e, em vez de completar uma volta ao sol a cada 359 dias, mover-se-á numa órbita oval com a duração de 425 dias. Só voltará a passar perto da Terra a 6 de dezembro de 2036.

A aproximação atual vai poder ser acompanhada online, nomeadamente através do The Virtual Telescope Project, que transmite a passagem do asteroide a partir do seu canal no YouTube. O início da emissão está marcado para as 19h15 de Portugal Continental de hoje, quinta-feira, 2 de janeiro.

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Nenhuma rocha espacial está atualmente em rota de colisão direta com a Terra, mas existem mais de 27.000 asteroides “no radar” do planeta azul, de diferentes formatos e tamanhos.

De recordar que NASA e ESA fazem ambas parte da iniciativa AIDA - Asteroid Impact and Deflection Assessment, tendo cada uma missões de defesa planetária, respetivamente a DART, que fez uma sonda chocar de propósito contra um asteroide pela primeira vez, e a Hera, que irá analisar os resultados desse impacto em Dimorphos.

Clique nas imagens para mais detalhes sobre a partida da missão DART para o Espaço

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