Ao longo das últimas duas semanas, os especialistas da NASA estiveram a analisar cuidadosamente todos os dados recolhidos acerca da missão DART que, no final de setembro, chocou de propósito contra o asteroide Dimorphos para testar a capacidade de defesa planetária.

A análise vem agora confirmar o sucesso da missão, provando que, pela primeira vez na História da humanidade, que foi possível alterar a órbita de um objeto celeste, afirma a NASA.

Os especialistas explicam que, antes do impacto com a sonda da missão DART, Dimorphos demorava 11 horas e 55 minutos para orbitar Didymos, a outra metade deste sistema binário de asteroides.

Através de observações realizadas através de telescópios terrestres foi possível verificar que, depois da missão, a duração da órbita foi reduzida para 11 horas e 23 minutos, tendo em conta uma margem de erro de mais ou menos dois minutos.

Note-se que, inicialmente, a agência espacial norte-americana tinha definido como indicador de sucesso da missão uma redução de 73 segundos ou mais. A equipa de investigadores ainda está a receber dados recolhidos em observatórios terrestres um pouco por todo o mundo, incluindo dos radares da NASA no Jet Propulsion Laboratory, como pode ver nas imagens que se seguem.

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Agora, os investigadores querem medir a eficiência da transferência de energia cinética da sonda para o asteroide: uma tarefa que requer uma análise mais aprofundada dos detritos resultantes do impacto, além da recolha de mais informação sobre as características da superfície de Dimorphos.

As imagens captadas pelo LICIACube, um pequeno satélite da Agência Espacial Italiana, serão um dos elementos-chave para esta análise. O satélite acompanhou a missão a uma distância de segura de 55 quilómetros, captando várias fotografias pelo caminho.

Recorde as imagens captadas pelo LICIACube

As primeiras imagens captadas pelo LICIACube, que chegou à Terra cerca de três horas após o impacto, contam com uma comparação do antes e depois do sistema de asteroides Didymos, bem como fotos de detritos brilhantes em redor de Dimorphos.

Além do LICIACube, tanto o telescópio terreste SOAR (Southern Astrophysical Research), no Chile, como o telescópio espacial Hubble captaram o rescaldo da missão, registando a "cauda" de poeira e destroços resultantes do impacto entre a sonda e o asteroide.

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