O bom tempo e o céu estrelado ajudam a criar um cenário imperdível para quem gosta de observar os astros durante a noite. A temporada das chuvas de meteoros está bem ativa, com três fenómenos a acontecer praticamente em simultâneo durante julho.
As chamadas Delta Aquáridas, ativas desde o dia 18 de julho tiveram o seu pico entre 29 a 30 do mês. Já as Alpha Capricórnio, ativas desde 7 de julho estão neste momento no pico, entre 30 a 31 de julho. Mas também as Perseidas, que continuam a revelar-se como pano de fundo, vão ter o seu pico em meados de agosto.
Assim, todas as noites têm sido boas para tentar assistir a movimentos no céu da chuva de meteoros e com sorte conseguir obter fotos memoráveis deste fenómeno. Basta que esteja em locais com pouca poluição luminosa e que o céu esteja sem nuvens para detetar meteoros. A melhor hora para apanhar a “chuva” é depois da meia-noite, quando os pontos estrelares da noite estão acima do horizonte. Ainda assim, a luz da Lua também poderá ofuscar um pouco deste espetáculo natural.
Segundo explicam os cientistas, as chuvas de meteoros são causadas quando a Terra passa pelos fragmentos que perseguem um cometa ou asteroide durante a volta que o nosso planeta dá ao Sol. Estes fragmentos, que podem ser tão pequenos como grãos de sal, deixam um rastro brilhante de luz enquanto são consumidos pela atmosfera terrestre. Este fenómeno acontece anualmente, durante os mesmos períodos, podendo durar semanas, mas o seu pico acontece numa pequena janela de um ou dois dias.
Recorde na galeria de imagens das Perseidas de 2023:
Apesar da Alpha Capricórnio e a Delta Aquáridas terem origem na mesma região sul do céu e sobreporem-se, há algumas diferenças que podem ajudar a distingui-los. As Alpha Capricórnio são brilhantes e lentas, tendendo a durar vários segundos no céu. Já as Delta Aquáridas são mais rápidas e fracas.
Muitos destes meteoros podem ser vistos a olho, mas os cientistas aconselham ao uso de telescópios ou binóculos para ampliar o fenómeno. Ainda assim, os equipamentos podem limitar o campo de visão e impedir que se veja algo a acontecer no “canto do olho”. Por vezes consegue-se observar cerca de 100 meteoros por hora, caso o ambiente esteja escuro o suficiente para ver o espetáculo espacial. Para tal terá de estar no interior, fora das cidades iluminadas ou em locais mais elevados.
Depois das chuvas de meteoros de julho, já estão traçados no calendário os próximos fenómenos até ao fim do ano. Os dias 12 e 13 de agosto acontecem as Perseidas e a 8 e 9 de outubro as Dracónidas.
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