Se é utilizador de um smartwatch da Samsung, é possível que tenha participado de forma passiva de um estudo sobre os hábitos de sono realizado pela fabricante. Os resultados foram apresentados durante um painel de especialistas de sono como resultado do estudo 2023 Global Sleep Health Insights. O estudo focou-se na observação de 716 milhões de noites de sono entre junho de 2021 e maio de 2023, recolhidos pelas dezenas de milhões de smartwatches da família Galaxy Watch, avança o Techradar.

Segundo James Geraci, investigador da Samsung, com os dados e os equipamentos que a empresa tem, diz que é possível ajudar as pessoas que não têm dormido bem a alcançar melhores noites de sono. “O sono é algo muito pessoal e muito dependente da idade, e à medida que se transita entre as etapas da vida, é necessário mudar o comportamento para manter o sono”.

O sistema da Samsung analisa os hábitos de sono dos utilizadores durante sete noites e a app de saúde do ecossistema traça o respetivo perfil. A fabricante obteve milhares de milhões de dados de sono, agrupados por idade, diferenças no género, mas também relacionados com a geografia. Por exemplo, utilizadores na casa dos 20 anos são mais ativos de noite, mas com 50 ou 60 anos dormem mais esporadicamente.

Um dos pontos que o estudo salienta é a falha entre a quantidade de sono que as mulheres necessitam e o tempo que realmente dormem. Mas no geral, a maioria das pessoas não dorme o suficiente. Os dados demonstram que a duração do sono e a sua eficiência têm vindo a diminuir. E fazendo uma comparação com os dados obtidos no ano passado, a duração do sono diminuiu para uma média de 7 horas, a nível global. Mesmo que sejam apenas 4 minutos, os especialistas da Samsung dizem que são cruciais na saúde e performance. E que o tempo que acordam durante o sono aumentou em 1,3 minutos por noite, diminuindo a eficiência do tempo passado na cama.

Outro dado a ter em conta é um valor chamado de “Dívida de sono” (Sleep Debt), ou seja, a falha entre o tempo de sono que é necessário e aquele que se obtém. Os norte-americanos são os que devem menos à cama, numa falha de 42 minutos, seguindo-se as pessoas do Médio Oriente com 43 minutos, seguindo-se a população da América Latina com 47 minutos.

Estes dados foram confirmados por outras organizações, como a National Sleep Foundation, na representação do seu CEO, John Lopos, no painel de apresentação. Salienta que depois da pandemia, o número de pessoas nos Estados Unidos que estavam a conseguir dormir entre 7 a 9 horas, que é o tempo recomendado de sono por adultos, diminuiu 40%.