Há possibilidade de a Terra ser atingida pelos efeitos de explosões solares recentes. O aviso tem a “assinatura” da NASA e da NOAA - agência norte-americana responsável pela atmosfera e oceânos -, que apontam para um quadro temporal entre esta quinta-feira à noite o dia de amanhã, sexta-feira.

Na origem do alerta está, principalmente, uma explosão solar de intensidade média, registada a 28 de novembro último, que causou uma ejeção de massa coronal (CME), com uma quantidade enorme de partículas lançadas na direção da Terra.

A erupção foi classificada como uma M 9,8, ou seja, ficou muito perto de atingir a classe X, reservada à identificação das explosões solares de maior intensidade.

Os impactos das explosões solares na Terra são quase imediatos, com as tempestades de radiação eletromagnética a chegarem normalmente em cerca de oito minutos. Já as ejeções de massa coronallevam de dois a três dias para alcançar o planeta, no geral.

Esta ejeção maior desencadeada pela explosão solar de terça-feira pode juntar-se a outras que ocorreram antes, combinando-se potencialmente numa tempestade única que os especialistas descrevem como “canibal”.

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A atual tempestade foi classificada como G3, ou seja, “forte” na escala de tempestades geomagnéticas (que vai de 1 a 5), podendo provocar a interrupção intermitente da navegação por satélite e das comunicações rádio de alta frequência. Estas tempresatades também são capazes de gerar auroras fora das regiões polares.

O atual ciclo solar está próximo do seu pico, o que explica uma maior frequência destes fenómenos. Recentemente, foi inclusive identificada  uma das maiores e mais densamente povoadas regiões de manchas solares detetada na parte mais próxima do Sol em relação à Terra na última década e por isso leva o nome de “arquipélago”.

O grupo de “ilhas” é composto por, pelo menos, seis manchas solares diferentes e há risco das tempestades solares geradas atingirem o nosso planeta, em breve.

No total o “arquipélago de manchas solares” estende-se por cerca de 200.000 quilómetros através da superfície do Sol e é mais de 15 vezes maior que a Terra.