Astrónomos identificaram um novo fenómeno nos céus noturnos que faz lembrar as coloridas e luminosas auroras, que acontecem nas regiões polares da Terra devido à interação entre partículas carregadas do vento solar e a atmosfera.

As novas auroras em causa apresentam uma forma esférica de cor vermelha, têm surgido de duas a cinco vezes por mês, são visíveis por até 10 minutos e já têm nome: auroras SpaceX.

Como a denominação deixa adivinhar, na realidade estas esferas vermelhas não são auroras naturais, sendo antes o resultado da queima dos motores dos foguetões da SpaceX na ionosfera.

Mais especificamente, quando a segunda fase dos foguetões Falcon 9 queima os motores para regressar à Terra, cria um “buraco ionosférico” que emite um brilho vermelho devido à ionização eliminada pelo escoamento de água.

“As ‘auroras’ resultantes podem ser muito brilhantes, facilmente visíveis a olho nu e muito mais brilhantes do que os próprios satélites Starlink, embora apenas por alguns segundos”, refere Stephen Hummel, do McDonald Observatory, nos EUA, autor de uma imagem registada a 3 de novembro último, citado pelo Spaceweather.com.

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Do ponto de vista da pesquisa, este tipo de fenómeno oferece uma oportunidade única para estudar os efeitos do tráfego espacial na ionosfera e perceber a sua variabilidade, mas existe outro lado.

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Embora interessantes para os investigadores, as auroras SpaceX levantam preocupações quanto ao seu impacto na astronomia observacional, especialmente com o aumento planeado de lançamentos pela empresa para o espaço gerida por Elon Musk.

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