“Sequências do genoma bacteriano de espécies não caracterizadas de Chitinophaga isoladas da Estação Espacial Internacional” é o título do relatório que coloca a hipótese de se terem encontrado novas espécies de bactérias não causadoras de doenças nas águas residuais da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
No relatório os investigadores explicam detalhadamente como analisaram as bactérias, tendo conseguido concluir três genomas e fazer outro projeto de genoma. “As classificações taxonómicas estabelecidas pela análise baseada no genoma indicam que estas estirpes de Chitinophaga sp. são candidatas a uma nova espécie”.
As bactérias foram recolhidas nas águas residuais nas expedições da ISS 54, em 30 de agosto de 2017, e 65, em 6 de setembro de 2021.
O relatório explica detalhadamente como foi feita a recolha da água. O processador de água da ISS gere a água em vários níveis de limpeza e trata da recuperação da água. Após a recolha de amostras microbiológicas, 250 ml foram devolvidos à Terra num saco de recolha de Teflon em condições ambientais. Aquando da chegada, as amostras foram mantidas em condições ambientais e transportadas para o Laboratório de Microbiologia no Centro Espacial Johnson em Houston.
Veja na galeria imagens da estação espacial internacional:
Na imagem de abertura desta notícia, vê-se a tripulação de seis membros da Expedição 54, uma das duas em que foram recolhidas amostras de água residual. Da esquerda para a direita, os engenheiros de voo Joe Acaba e Mark Vande Hei da NASA, o comandante Alexander Misurkin da Roscosmos e os engenheiros de voo Anton Shkaplerov da Roscosmos, Scott Tingle da NASA e Norishige Kanai da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.
A partir da ISS, que funciona há mais de 25 anos, são realizadas pesquisas, destinadas a ajudar a resolver diferentes problemas na Terra, desde alterações climáticas a investigações médicas.
Muitas têm implicações e benefícios mais práticos para a humanidade. Por exemplo, sabe-se que os períodos prolongados em ambiente de microgravidade, podem levar à perda de força óssea e muscular.
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