Hubble “espreita” uma galáxia espiral com um coração de estrelas a 46 milhões de anos-luz

Vista habitualmente com uma companheira galáctica chamada NGC 3501, a galáxia NGC 3507 tem uma estrutura especial, com os seus "braços" espirais a surgirem de uma barra central de estrelas. Uma nova imagem captada pelo Hubble mostra mais detalhes.

ESA/Hubble & NASA, D. Thilker

Depois de captar nuvens brilhantes de “algodão-doce” numa galáxia vizinha da Via Láctea, o Hubble volta a impressionar com uma nova imagem. Desta vez, o telescópio espacial centrou as suas atenções na galáxia NGC 3507, localizada a cerca de 46 milhões de anos-luz na constelação de Leão.

Como explica a NASA, a NGC 3507 é classificada como uma galáxia espiral com uma estrutura especial. Os seus “braços” espirais não surgem diretamente do núcleo, mas sim de uma barra central de estrelas.

Hubble | Galáxia NGC 3507 créditos: ESA/Hubble & NASA, D. Thilker

Embora apareça sozinha nesta imagem, a NGC 3507 tem uma companheira galáctica chamada NGC 3501. Se a NGC 3507 é considerada uma espiral clássica, a galáxia NGC 3501 surge como uma mancha prateada. “Apesar das diferenças visuais, ambas são galáxias espirais, apenas vistas de ângulos diferentes”, explica a NASA.

Em galáxias relativamente próximas, como a NGC 3507 e a NGC 3501, é possível distinguir detalhes como “braços” espirais, nuvens de gás e poeira espacial, assim como aglomerados brilhantes de estrelas.

No caso das galáxias mais distantes, o nível de pormenor é menor, no entanto, ainda é possível identificá-las através dos tons amarelos ou laranja, com formas que variam entre estruturas redondas, alongadas ou, por vezes, com alguns traços de espirais.

Para lá das galáxias distantes, a imagem mostra também uma vizinha cósmica que está a 436 anos-luz da Terra. Neste caso, trata-se de uma estrela no interior da Via Láctea que pode ser identificada pelos quatro picos de luz que se destacam na imagem.

Recorde-se que o Hubble assinalou o seu 35º aniversário em abril. Até à data, o telescópio espacial já fez quase 1,7 milhões de observações, “espreitando” cerca de 55.000 pontos de interesse astronómico.

Clique nas imagens para ver algumas das imagens mais marcantes da história do Hubble

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