As experiências que querem mudar o rumo da ciência na Terra estão já a ser feitas no espaço. A 8 de dezembro a Estação Espacial Internacional (ISS) recebeu uma encomenda especial do foguetão Falcon 9 da SpaceX com equipamento para dar início a novas pesquisas científicas.
Entre as quase três toneladas de materiais recebidos está o RiTS, ou Robotic Storage Tool Storage. O “hotel” para robots tem como função proteger os autómatos que estão no exterior da ISS que não estão em uso de elementos que poderiam comprometer as suas missões. Os primeiros "hóspedes" do RiTS serão então dois robots designados RELL, ou Robotic External Leak Locators. Os autómatos da NASA estão equipados com espectrómetros de massa que os permitem encontrar fugas de gases fora da ISS.
As astronautas que participaram no primeiro passeio espacial só de mulheres na ISS, Jessica Meir e Christina Koch, aliaram-se novamente para montar e calibrar um novo equipamento de densitometria óssea no módulo laboratorial Kibo.
A bordo da 19º missão de reabastecimento comercial do Falcon 9 esteve também um carregamento de ratos e, indica a Agência Espacial Norte-Americana. Os roedores “astronautas” ajudarão a equipa da Expedition 61 a encontrar formas de melhorar o impacto negativo de uma estadia espacial na massa óssea e muscular. Os astronautas Jessica Meir e Andrew Morgan da NASA estão a cargo da Rodent Research-19 e já prepararam habitats para os seus novos ajudantes.
Além de novo material para novas pesquisas, o laboratório espacial da ISS recebeu equipamento para continuar a realizar as experiências científicas que estavam a ser postas em prática. Entre ele está um carregamento de “tintas biológicas” que já está a ser utilizado pela astronauta Christina Koch na Bio-Fabrication Facility. A impressora 3D foi desenvolvida para ser capaz de imprimir tecido celular, algo que, para já, ainda não é possível realizar na Terra devido ao seu ambiente gravitacional.
Já Andrew Morgan e Luca Parmitano, responsáveis por uma das missões que “soltou” micróbios no espaço em agosto deste ano, vão também participar numa série de experiências de coordenação motora. A GRIP estudará a forma como a gravidade zero afeta a forma como os astronautas agarram os objetos, enquanto a GRASP investiga como o cérebro se adapta à falta de certos estímulos visuais no espaço.
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