Note-se que, apesar do nome, a "Lua de Morango" não é necessariamente vermelha ou rosa, se bem que, dependendo da localização e das condições atmosféricas, possa parecer ligeiramente avermelhada ou dourada quando está próxima do horizonte, devido à dispersão da luz.

À primeira vista, esta pode parecer apenas mais uma lua cheia com um nome curioso, mas, este ano, a “Lua de Morango” será especial. Como avança a BBC, trata-se da lua cheia mais baixa dos últimos 19 anos, num fenómeno que não voltará a acontecer até 2043.

A “Lua de Morango” já costuma surgir mais baixo do que o habitual no céu devido à sua proximidade com o solstício de verão, isto é, a altura em que o Sol atinge o seu ponto mais alto. Durante este período, o Sol surge mais alto no céu e, por contraste, a Lua aparece mais próxima da linha do horizonte, uma vez que os dois se encontram em lados opostos da Terra.

Mas, este ano, a “Lua de Morango” vai parecer ainda mais baixa devido a um fenómeno conhecido como “paralisação lunar” ou lunistício. De acordo com o website EarthSky, o fenómeno relaciona-se com a inclinação da órbita lunar, que segue um ciclo de 18,6 anos.

Ao longo deste ciclo, a inclinação da órbita faz com que a trajetória aparente da Lua no céu varie. Quando o ciclo atinge o seu ponto máximo, como aconteceu em janeiro deste ano, o satélite natural da Terra pode parecer muito mais alto ou muito mais baixo no céu, dependendo da altura do ano e da sua fase.

Embora a última “paralisação lunar” tenha ocorrido no início do ano, os seus efeitos ainda se fazem sentir e vão afetar a nossa perspectiva da “Lua de Morango”. Se no hemisfério norte, a Lua cheia surgirá ainda mais baixo do que o habitual, no hemisfério sul, o satélite natural da Terra aparecerá no seu ponto mais alto, avança a CNN.

Embora a "Lua de Morango" já tenha atingido o seu ponto máximo ontem, a uma hora que, em Portugal, já era de dia (isto é, pelas 08h44 de Lisboa) ainda continuará "visualmente cheia" aos olhos de quem a observar esta quarta-feira à noite, aponta o The New York Times.

Se não está num local com condições ideais para observar o fenómeno, sempre pode acompanhá-lo através de uma transmissão online do Virtual Telescope Project.

Felizmente, o fenómeno foi captado em todo o seu esplendor por fotógrafos profissionais e amadores um pouco por todo o mundo e, na galeria que se segue, pode ver algumas das melhores fotografias.

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