A missão a marte ExoMars encontrava-se numa corrida contra o tempo, de forma a cumprir o deadline imposto de 2020. A missão estava a ser planeada há quase 10 anos, e esperava-se que a Agência Espacial Europeia e a Roscosmos enviasse o novo rover para Marte. No último ano, o planeamento sofreu alguns transtornos, depois de dois testes falhados na utilização do paraquedas, para garantir uma aterragem em segurança da nave de transporte do rover.
Devido à necessidade de mais testes, as agências revelaram em comunicado o adiamento da missão para 2022. Inicialmente seriam lançados entre 25 de julho e 13 de agosto de 2020. Após uma avaliação dos riscos e o calendário, os especialistas concluíram que é necessário mais testes para tornar todos os componentes adequados à nave de transporte e requerem mais tempo para os completar, tanto a nível de hardware como software.
Segundo o diretor geral da ESA, Jan Wörner, a missão necessita de uma taxa de sucesso de 100%, não sendo permitido qualquer margem de erro, e para tal é necessário mais atividades de verificação para garantir uma viagem segura e com os melhores resultados científicos. É referido que o hardware dedicado ao voo está integrado na nave. A plataforma de aterragem Kazachok está equipado com 13 instrumentos científicos e o rover Franklin com os seus 9 instrumentos passaram recentemente os testes.
As entidades dão a entender que o surto do coronavírus na Europa também afetou as operações nesta fase final, sobretudo nas viagens necessárias dos técnicos envolvidos.
A missão ExoMars tem como objetivo procurar vida no planeta vermelho e é composta por duas fases. A primeira arrancou em 2016, com o lançamento de dois veículos para Marte. O primeiro foi colocado na sua órbita para testar os gases atmosféricos que eventualmente sejam gerados por organismos vivos. O outro foi enviado para a sua superfície para sondar a superfície e testar as tecnologias necessárias que necessitem ser agora levadas na segunda fase.
A segunda fase será protagonizada pelo rover robótico Franklin, um todo-o-terreno espacial que será o primeiro da sua espécie a combinar a capacidade de percorrer Marte, mas também de “furá-lo”. Este vai recolher amostras a dois metros de profundidade, analisando a sua composição, em busca de sinais de vida – passada e quem sabe, atual.
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