Depois de dois testes falhados na utilização do paraquedas que garante a aterragem em segurança da nave com o robot em Marte, a Agência Espacial Europeia e a Roscomos, que estão a desenvolver o projeto em parceria, encontram-se numa verdadeira corrida contra o tempo. A missão ExoMars está a ser planeada há quase 10 anos e tem como data de lançamento da próxima fase o verão de 2020, e se não conseguirem executar as correções necessárias nos paraquedas, a missão terá de ser adiada até 2022, adianta o The Verge.
A missão ExoMars tem como objetivo procurar vida no planeta vermelho e é composta por duas fases. A primeira arrancou em 2016, com o lançamento de dois veículos para Marte. O primeiro foi colocado na sua órbita para testar os gases atmosféricos que eventualmente sejam gerados por organismos vivos. O outro foi enviado para a sua superfície para sondar a superfície e testar as tecnologias necessárias que necessitem ser agora levadas na segunda fase.
A segunda fase será protagonizada pelo rover robótico Franklin, um todo-o-terreno espacial que será o primeiro da sua espécie a combinar a capacidade de percorrer Marte, mas também de “furá-lo”. Este vai recolher amostras a dois metros de profundidade, analisando a sua composição, em busca de sinais de vida – passada e quem sabe, atual.
Quando o rover da primeira fase aterrou na superfície marciana, o processo de aterragem não foi totalmente bem-sucedida. Os sensores falharam alguns cálculos, tendo disparado os paraquedas demasiado cedo, fazendo com que o aparelho tivesse uma aterragem atribulada. Desde então que a as agências estão a trabalhar para melhorar o sistema, mas ao que parece, está a ser difícil os técnicos lidarem com o processo de aterragem. Dos dois testes feitos recentemente, os paraquedas acabaram danificados, mesmo depois de serem corrigidos. Se a aterragem não for perfeita, corre-se o risco de danificar os componentes do robot.
Os cientistas já têm planeados novos testes de elevada altitude na Terra, tendo convocado especialistas para um encontro em setembro para discutir novas ideias. No entanto, a missão terá de ser lançada entre os dias 25 de julho e 13 de agosto de 2020, caso contrário perde-se a janela de oportunidade e terá de ser adiado mais dois anos, em 2022. Durante este período, de dois em dois anos, a Terra e Marte ficam mais próximos, poupando um ano de viagem, sendo a oportunidade de lançar a missão, que falhou pela primeira vez em 2018.
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