A nave Shenzhou-12 acoplou no módulo residencial da estação espacial Tianhe cerca de seis horas após ter descolado, ao início do dia de hoje na China. A tripulação chinesa, composta pelos três astronautas Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo, vai realizar experiências científicas, trabalhos de manutenção, caminhadas espaciais e preparar a instalação de dois módulos adicionais.
Embora a China admita que chegou tarde à corrida das estações espaciais, o país assegura que as suas instalações são de ponta e podem durar mais que a Estação Espacial Internacional, que está a chegar ao fim do seu período útil. O lançamento de hoje também relança o programa espacial tripulado da China após um hiato de cinco anos.
Clique nas imagens para recordar o lançamento da nave Shenzhou-12
Com a tripulação de hoje, a China aumenta para 14 o número de astronautas que lançou para o espaço, desde que alcançou o feito pela primeira vez, em 2003, tornando-se o terceiro país a fazê-lo, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.
À medida que a economia chinesa começou a ganhar força, no início dos anos 1990, a China formulou um plano para a exploração espacial, que executou numa cadência constante e cautelosa. Embora o país tenha sido impedido de participar na Estação Espacial Internacional, principalmente devido às objeções dos EUA, que apontam a natureza opaca do programa chinês e as suas estreitas ligações às Forças Armadas, a China avançou com a construção da sua própria estação, visando alcançar o estatuto de potência espacial.
Na quarta-feira, o diretor-assistente da Agência Espacial Tripulada da China, Ji Qiming, disse aos jornalistas, no centro de lançamento de Jiuquan, que a construção e operação da estação espacial elevarão as tecnologias da China e "acumularão experiências úteis para todas as pessoas".
Recorde-se que, no dia 29 de abril, a China colocou em órbita da Terra a primeira peça do “puzzle” daquela que será a sua estação espacial, a qual já pode explorar através da "magia" da Internet. O módulo situa-se a uma distância de 370 quilómetros do planeta e estima-se que estará operacional em 2022. Mas para isso, serão necessárias mais uma dezena de viagens com os restantes módulos para terminar o trabalho.
Inicialmente, apenas três astronautas poderão habitar a estação, mas não está de lado a continuação do seu crescimento, para aumentar a capacidade dos cientistas que vão fazer investigações científicas. A Estação Espacial chinesa vai orbitar a cerca de 230 milhas acima da Terra (370km), um pouco abaixo da Estação Espacial Internacional, que é quatro vezes maior. Desde o ano passado e até final deste ano, estão previstas 11 missões para construir a plataforma.
O programa espacial é parte de um esforço geral para colocar a China no caminho para missões ainda mais ambiciosas e fornecer oportunidades de cooperação com a Rússia e outros países, principalmente europeus, juntamente com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral. O programa espacial da China tem sido grande fonte de orgulho nacional, ilustrando a ascensão desde a pobreza até se tornar segunda maior economia do mundo, nas últimas quatro décadas.
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