Já se sabia que que a erupção do vulcão subaquático Hunga Tonga, perto da ilha de Tonga, no Oceano Pacífico tinha registado efeitos avassaladores na região. Foram registados sismos de elevada magnitude desde que o vulcão entrou em erupção no dia 15 de janeiro a 14 quilómetros de profundidade do mar e sentido até 250 quilómetros de distância. O vulcão teve efeitos de transformação na região do Tonga, mas os cientistas têm novos dados sobre a violência da erupção.

Segundo uma análise da NASA Earth, partilhado pelo seu líder de análise de dados e cartografia, Joshua Stevens, dois satélites meteorológicos estavam posicionados de forma única para observar o efeito da pluma gerada pela erupção. A NASA afirma que esta poderá ter estabelecido um recorde como a maior registada por satélites. Os cientistas calculam que a pluma do dia 15 de janeiro alcançou 58 quilómetros de altitude no seu pico. A pluma era composta por gás, vapor e cinza projetada pelo vulcão, tendo atingido a mesosfera, aquela que é a terceira camada da atmosfera terrestre.

Até aqui, o maior registo de uma pluma vulcânica era do Monte Pinatubo nas Filipinas, que projetou cinza até 35 quilómetros de altitude em 1991.

Vulcão Tonga

A NASA partilhou uma animação que mostra a evolução da sua pluma ao longo de 13 horas do dia 15 de janeiro. As imagens baseiam-se nas observações com infravermelhos dos satélites GOES-17 e Himawari-8. Os cientistas dizem que a primeira explosão foi projetada até ao seu pico de altura em cerca de 30 minutos. E uma segunda projeção subiu a 50 quilómetros, separando-se em três partes.

Os investigadores dizem que a parte mais elevada da pluma entrou quase imediatamente em estado de sublimação, ou seja, passou do estado sólido para gasoso, devido às condições secas da mesosfera. No entanto, cinzas e gás foram espalhadas pela estratosfera a uma altitude de 30 quilómetros, cobrindo uma área de 157 mil quilómetros quadrados.

Segundo o Centro Australiano de Observação de Cinzas Vulcânicas, foram registadas grandes ondas no Pacífico Sul. Apesar de Tonga ter sido a área mais afetada, não houve registos de vítimas no arquipélago, refere a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, citada pela Lusa. No entanto, os estragos podem ter afetado 80.000 pessoas, havendo cortes de energia e falhas nos sistemas de comunicação.

Veja a transformação do Tonga depois da erupção do vulcão:

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) também salientou as alterações no nível do mar sentidas em Portugal. O sinal de maior amplitude, de cerca de 40 cm, foi registado em Ponta Delgada nos Açores. Na Madeira também foi registado uma alteração de 20 cm medidos no Funchal. Já em Portugal Continental, a maior alteração aconteceu em Peniche, com uma amplitude de 39 cm. O resto do país foram medidos valores genéricos inferiores a 20 cm.

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