A NASA tem marcada para hoje uma conferência onde vai partilhar mais dados, mas o próprio rover já antecipou alguma informação num tweet publicado ontem. O Perseverance dá conta de que esta semana fez uma série de checkups, passando por uma lista de tarefas, incluindo verificações de instrumentos, imagens e a movimentação do braço robótico que vai permitir recolher amostras de solo e rochas de Marte.
"A aquecer para uma maratona de ciência", escreve no Twitter.
Foi ainda partilhado um vídeo que mostra uma das rodas do rover em movimento, indicando que este é um teste rápido da capacidade de mudar de direção e que tudo está pronto para rolar. Um passo de cada vez.
A missão Mars2020 é a mais ambiciosa já lançada em Marte numa altura em que assiste a uma verdadeira corrida científica de vários países ao planeta. Pretende procurar sinais de vida no planeta vermelho, adicionando informação ao que os cientistas já descobriram em outras explorações anteriores e com outros robots que exploraram o planeta.
Uma série de "primeiras vezes" numa missão de 2 anos em Marte
Há uma série de inovações com o rover Perseverance e a sua ligação aos satélites que orbitam Marte, e a NASA pretende mostrar hoje como o laboratório científico móvel que fez aterrar no dia 18 de fevereiro, depois de uma viagem de 8 meses, está pronto para dar seguimento à missão que foi definida.
Até agora tudo correu conforme planeado e o Perseverance tem estado a partilhar imagens e vídeos da cratera Jazero, o local escolhido para a sua missão.
O momento de "amartagem" era um dos mais críticos, podendo ditar o falhanço da missão, mas depois de 7 minutos de terror o rover desceu da órbita e abriu o paraquedas, aterrando suavemente no local que escolheu através da observação e do sistema de decisão integrado.
Um dos principais objetivos da missão é procurar sinais de vida anterior em Marte ea cratera de Jezero, que já esteve cheia de água foi considerado um dos locais mais prováveis. O Perseverance vai recolher rochas e solo que será transportado para a Terra numa futura missão, permitindo que pela primeira vez os cientistas analisem as amostras.
Para isso tem a bordo uma série de instrumentos, entre os quais um scanner de ambientes habitáveis e ferramentas para análise da composição química de corpos rochosos ou para mapeamento contextual da geologia e do clima do planeta vermelho, tentando perceber a evolução dos mesmos. Também integra uma unidade que será capaz de produzir oxigénio a partir da atmosfera de dióxido de carbono de Marte.
O rover marciano tem ainda várias câmaras ao seu serviço, com capacidades de curta e de longa distância, que servirão para identificar e mapear diferentes elementos e além de uma tecnologia similar a um radar, que lhe permite “desencantar” elementos enterrados.
Voo em Marte só em SOL 60
Guardado no rover está ainda o helicóptero Ingenuity que dentro de algumas semanas irá fazer a primeira tentativa de voo em Marte. A experiência está prevista para Sol 60 - a designação para o 60º dia de missão no planeta.
A tarefa não se antevê fácil: a atmosfera fina de Marte dificulta a sustentação de qualquer objeto. Como a atmosfera do planeta vermelho é 99% menos densa que a da Terra, o Ingenuity precisa de ser leve, com pás de rotor muito maiores e que giram muito mais rápido do que seria necessário para um helicóptero com a mesma massa na Terra.
O frio será outro dos obstáculos a enfrentar pelas peças do Ingenuity, uma vez que a cratera de Jezero, onde o rover Perseverance irá "amarrar" com o Ingenuity anexado à sua base, pode atingir temperaturas de 130 graus Fahrenheit negativos (90 graus Celsius negativos) durante a noite.
O mini-helicóptero pesa apenas 1,8 kg e é composto por quatro pés, um corpo e duas hélices sobrepostas, medindo apenas 1,2 metros de uma ponta à outra de uma hélice. As hélices giram a uma velocidade de 2.400 rpm (rotações por minuto), cerca de cinco vezes mais rápido do que um helicóptero normal.
Para recarregar as baterias, o Ingenuity está equipado com painéis solares, sendo grande parte da sua energia utilizada para se manter quente na temperatura negativa de Marte, e também pode captar fotografias e vídeos.
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