Esta deveria ser a semana de liberdade para os britânicos, com o final da maioria das restrições no que diz respeito a contacto social. Mas o que está a acontecer é um fenómeno conhecido como “Pingdemic”, associado à aplicação de rastreio de COVID-19 do Serviço Nacional de Saúde britânico, que está a mandar as pessoas para o autoisolamento devido ao contacto com infetados. Foram mais de 600 mil ingleses que receberam obrigatoriedade de isolamento, causando a muitos negócios problemas de stock e até ao encerramento de estabelecimentos.

O termo “pingdemic” está associado ao som “ping” que a aplicação faz quando os utilizadores são notificados pelo SNS. Quando são assinalados, as pessoas são obrigadas a isolarem-se por terem estado em contacto com alguém que testou positivo ao vírus. Por norma, esse isolamento é de 10 dias ou mais, no caso de a pessoa também sentir sintomas.

Nas últimas semanas o número de casos de infetados no Reino Unido tem crescido, o que faz com que todas as pessoas em contacto tenham recebido as notificações da aplicação. No último domingo, dia 18, as autoridades de saúde britânicas reportaram 48 mil casos de COVID-19, e 600 mil cidadãos receberam a notificação da app desde o dia 7 de julho, avança o iNews. E considerando que esta semana foram levantadas as restrições sociais, acredita-se que os números possam crescer.

A falta dos trabalhadores causou problemas nos negócios em que as pessoas não podem estar em teletrabalho, incluindo os supermercados e redes de transporte. Muitos negócios estão a fechar portas por falta de trabalhadores e produtos. Em muitos lugares já não há água para vender, numa altura que a Inglaterra atravessa períodos de intenso calor. Também os postos de abastecimento de combustível manifestaram problemas.

Testes diários para contornar isolamento

Para contornar o problema causado pelo isolamento, os trabalhadores do sector alimentar, em exceção, que foram assinalados pela app de rastreio podem agora continuar a trabalhar depois de serem submetidos a testes diários, afirmou o governo britânico esta quinta-feira, citado pela Reuters.

Na próxima semana, vão ser organizados centros de testes em diversos locais, incluindo os maiores locais de distribuição de supermercados e outros 500 espaços. O ministro da saúde Sajid Javid afirmou que no combate ao vírus seria necessário fazer tudo para quebrar as cadeias de transmissão. E os testes diários aos trabalhadores deste sector vital vai ajudar a minimizar a disrupção causada pela subida do número de casos, ao mesmo tempo que os profissionais não são colocados em risco.

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