“Olhem só para este rochedo esquisito, grande e robusto. Adoro-o”, foram palavras partilhadas na conta do Twitter do rover da NASA Perseverance que está a palmilhar o solo de Marte à procura de indícios de vida. Na mensagem é referido que encontrou este rochedo a alguma distância e decidiu aproximar-se para ver melhor. “É mais duro que a maioria, com uma forma estranha e makeup. Pode ser um desafio aqui, mas estou disponível para ele”, procurou dar humor à descoberta.
A NASA explicou depois que o rover se encontra no topo da formação delta/fan na Cratera de Jezero, afirmando que as rochas em redor parecem ter sido arrastadas por um rio antigo. E esses fragmentos de rochas podem ajudar a equipa de investigadores a descobrir mais sobre o passado do rio e o seu potencial em suportar vida anciã.
O instrumento SHERLOC tem ajudado o rover Perseverance da NASA a analisar rochas em Marte, permitindo verificar se uma determinada amostra vale mesmo a pena recolher. A forma como a luz é absorvida e depois emitida pelas rochas permite criar uma “impressão digital” espectral de diferentes moléculas.
No passado mês de junho, o Perseverance selou o tubo que continua a sua vigésima amostra de rochas. Esta amostra foi recolhida de um conjunto de rochas que foram arrastadas por um rio e depositadas no local. E há uma grande importância nessa análise porque se tratam de amostras de rochas com informações de lugares onde o rover poderá nunca visitar, com cada novo fragmento a representar uma história a ser contada.
Veja na galeria imagens das amostras recolhidas pelo rover Perseverance:
“As rochas e pedras encontradas no rio são mensageiros de muito longe”, disse um dos cientistas ligados ao rover de Marte.
A atual missão também oferece uma oportunidade para testar a tecnologia robótica do Perseverance, que poderá ser expandida para num futuro ajudar a primeira tripulação humana a Marte.
O SHERLOC desempenha um papel fundamental no Mars Sample Return Program, a missão traçada pela NASA e ESA que envolve o regresso à Terra das amostras recolhidas pelo Perseverance em Marte. Se tudo correr como planeado, as amostras chegarão ao nosso planeta em 2033.
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