Os satélites CryoSat-2, da ESA, e ICESat-2, da NASA, vão iniciar a missão CRYO2ICE, um projeto conjunto entre as duas agências espaciais que vai implicar a sincronizações de órbitas. A conjugação de esforços, diz a ESA, trará enormes benefícios científicos para o estudo das regiões polares, fornecendo dados radar e laser das mesmas áreas, em simultâneo e complementarmente.
Com uma década de trabalho pelos céus, o CryoSat foi lançado pela agência espacial europeia para medir as variações na altura do gelo da Terra e revelar como as mudanças climáticas estão a afetar as regiões polares.
Enquanto outras missões de satélites podem medir mudanças na extensão do gelo da Terra, o CryoSat completa essas imagens, funcionando como um altímetro de radar tradicional, para registar alterações na altura do gelo, por sua vez usadas para calcular mudanças de espessura e volume, “essenciais para entender a quantidade total de gelo perdido”, explica a ESA.
Na prática, o CryoSat foi projetado para observar dois tipos de gelo: as camadas de gelo da Antártida e da Gronelândia que repousam no solo e o gelo do mar que flutua nos oceanos polares. Para além dos diferentes impactos para o planeta destes tipos de gelo, existem também desafios diferentes ao tentar medir a sua espessura.
Para superar estas dificuldades, o satélite da ESA integra um sensor que deteta blocos de gelo marinho enquanto flutuam no oceano e estuda os glaciares que drenam as camadas de gelo polares.
O Ice, Cloud and land Elevation Satellite, ou ICESat-2, por sua vez, foi lançado em 2018 para medir a elevação da camada de gelo e a espessura do gelo marinho, bem como a topografia e características da vegetação com o seu laser e instrumentos de deteção precisa.
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