Após oito semanas desde que deixou a Terra, a sonda espacial Psyche tem superado metas umas atrás das outras no seu objetivo de alcançar o enigmático asteroide metálico com o mesmo nome, ao ativar instrumentos científicos, enviar dados e mesmo estabelecer um recorde no espaço profundo com seus propulsores elétricos. Há poucos dias conseguiu aquilo que se denomina como “primeira luz”, ao ligar as câmaras gémeas e registar as suas primeiras imagens.

Atualmente a 26 milhões de quilómetros de distância, a sonda vai chegar a Psyche, no cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter, em 2029. A equipa da missão quer testar todos os instrumentos científicos no início da longa jornada, para garantir que funcionam conforme está planeado e ter bastante tempo para os calibrar e ajustar se for necessário.

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O instrumento de imagem, composto por um par de câmaras idênticas, fez um total de 68 registos, todos dentro de um campo estelar na constelação de Peixes. Os dados estão a ser usados para verificar o comando adequado, fazer análise de telemetria e calibrar as imagens, segundo a NASA.

Estas imagens de estrelas são apenas o começo, essencialmente para verificar o funcionamento das câmaras. Está previsto que em 2026 haverá imagens de teste durante a passagem por Marte e, finalmente, para 2029 ficam as imagens mais emocionantes: as do asteroide-alvo Psyche.

As câmaras da sonda tiram fotos através de vários filtros de cor, todos testados nestas observações iniciais. Os filtros permitirão à equipa usar fotos em comprimentos de onda de luz visível e invisível ao olho humano para ajudar a determinar a composição de Psyche, rico em metal.

Também serão usados dados para criar mapas tridimensionais do asteroide e entender melhor sua geologia, o que fornecerá pistas sobre a história do corpo “flutuante”.

Depois de ter sido adiada devido atrasos na entrega de software e equipamentoa missão Psyche partiu rumou ao Espaço a 13 de outubro último. O principal foco é estudar o enigmático asteroide metálico Psyche, de 226 quilómetros de diâmetro, que poderá trazer novas respostas sobre o início do Sistema Solar.