Depois de várias tentativas falhadas, em maio, a SpaceX lançou para a órbitra da Terra os primeiros 60 satélites de telecomunicações, como parte da constelação Starlink, com o objetivo de cobrir todo o planeta com internet de alta velocidade, numa qualidade e velocidade cerca de 50% à atual fibra ótica.
Inicialmente, a rede Starlink seria composta por 12.000 satélites, a serem lançados pelo Falcon 9 de forma faseada. Mas parece que os planos da SpaceX são mais ambiciosos, e a empresa terá pedido uma autorização à International Telecommunication Union para lançar mais 30.000 pequenos dispositivos, segundo a SpaceNews. Contas feitas dá o total de 42.000 satélites da constelação Starlink.
A empresa de Elon Musk já obteve a autorização para os 12.000 iniciais, tanto da ITU, como da FCC (Federal Communications Commission) dos Estados Unidos. A ITU é uma entidade das Nações Unidas responsável por coordenar o espectro das operações dos satélites, a nível internacional, de forma a evitar problemas de interferências de sinal e congestionamento.
O novo pedido da SpaceX foi submetido pela própria FCC à ITU, através de 20 requisições, cada uma para 1.500 satélites, de forma a serem aprovados faseadamente, visto que tem de ser a reguladora do país a fazer o pedido pelas respetivas operadoras. E este é o primeiro passo a dar nas operações e não oferece uma estimativa de quando a SpaceX vai lançar os novos satélites, visto que durante os próximos meses ainda tem os restantes 11.940 para enviar para a constelação Starlink.
Nos registos agora submetidos, é referido que o novo grupo de satélites será enviado para a órbita inferior da Terra, a altitudes entre os 328 km a 580 km. A empresa de Elon Musk explica que os satélites têm a capacidade de direcionar as ondas de frequência de forma a ajustar-se aos seus clientes e são omnidirecionais, de forma a serem utilizados em operações de telemetria, rastreio e funções de controlo.
Segundo refere a SpaceX em comunicado, “à medida que que a procura aumenta rapidamente para a necessidade de internet rápida e segura em todo o mundo, especialmente em locais onde a conectividade não existe, ou é demasiada cara ou inacessível, a SpaceX está a tomar as medidas para escalar, de forma responsável, a rede total Starlink para aumentar a capacidade e densidade de dados para satisfazer as necessidades dos utilizadores”.
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