O telescópio Hubble poderá ter que esperar mais alguns anos até à sua reforma final. Há planos para tentar recolocá-lo numa órbita mais elevada e continuar a registar os fenómenos espaciais, juntamente com o seu companheiro James Webb. A NASA e a SpaceX estão a conduzir um estudo para ver se é possível executar missões de serviços comerciais de manutenção do Hubble. O acordo insere-se no Programa Polaris, criado pelo multimilionário Jared Isaacman, não tendo custos para a agência espacial dos Estados Unidos.
A NASA explica que não existem planos para conduzir ou financiar este tipo de missão de serviço ou mesmo competir nesta oportunidade. E está expectante com o estudo que foi concebido para ajudar à agência espacial compreender as oportunidades comerciais. Foi a SpaceX e o Programa Polaris que propuseram o estudo, igualmente para compreender os desafios técnicos associados com estas missões de manutenção. Além disso, o estudo não é exclusivo, sendo possível a outras empresas do sector espacial propor estudos semelhantes, com outros foguetões ou naves espaciais.
Estima-se que o estudo demore seis meses a concluir, da colheita dos dados técnicos tanto do Hubble como da cápsula Dragon da SpaceX. Os dados vão ajudar a determinar se é possível o encontro, ancoragem e a deslocação do telescópio Hubble para uma outra órbita. Segundo o porta-voz da NASA, “o estudo é um exemplo excitante das abordagens inovadoras da NASA a explorar parcerias público-privadas”, acrescentando que com o crescimento da sua frota, a agência quer explorar todas as oportunidades de suporte possíveis às suas missões científicas.
O conceito desta missão poderá depois ser aplicado a outros aparelhos que estão no espaço, sobretudo os que estão em baixa órbita, perto da Terra, como o Hubble. Ainda assim, a possibilidade de recolocar o Hubble numa órbita mais elevada e mais estável, poderá adicionar vários anos de operações ao telescópio, que já opera no espaço desde 1990. Desde a sua última missão em 2009, a órbita do Hubble vindo lentamente a degradar-se, aproximando-se da atmosfera terrestre e a cerca de 30 quilómetros próximo do planeta.
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