
Olhando para a tabela dos sismos mais potentes na escala de Richter, o que ocorreu esta madrugada em Kamtchatka na Rússia é já considerado o sexto, desde que há registo, tendo marcado 8,8 na escala de Richter. Os analistas dizem que se trata do mais poderoso na região russa nos últimos 73 anos. O sismo teve um impacto a nível global, sobretudo na Europa onde foi sentido em todos os países do ocidente, incluindo Portugal, na zona norte, no interior centro e no Algarve, como mostra o mapa interativo da Met4Cast.
Note que a província de Kamchatka está localizada no extremo oriente da Rússia, no Pacífico, a norte do Japão. Se por um lado, os sismógrafos apanharam sinais do sismo na Europa ocidental, com forte incidência na França, o Japão parece ter sido o país mais afetado pela catástrofe natural. Foram registados tsunamis com ondas de mais de quatro metros que atingiram as marginais do país, causando curto-circuito nos postes de eletricidade e acidentes rodoviários.
O epicentro foi registado no mar, a cerca de 130 quilómetros da costa da província russa e a uma profundidade de 18,2 quilómetros. Os abalos causaram ainda a destruição de vários edifícios e estima-se que aconteçam réplicas nas próximas horas e dias. Também nos Estados Unidos e Canadá, segundo os mapas interativos, foi sentido o abalo do sismo.
As réplicas do sismo sentiram-se um pouco por todo o mundo em torno do Pacífico, registando magnitudes de 4 a 6 na escala de Richter. E nas simulações que representam os movimentos da água do oceano Pacífico, da costa oriental do Japão percorreu “meio mundo”, chegando à América do Sul.
Nos Estados Unidos, o serviço meteorológico nacional está a aconselhar as pessoas para evitarem o acesso às zonas da costa, incluindo portos, marinas ou até praias, pelo perigo iminente de tsunamis. Também a China, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia, Peru, Chile e México são extremos opostos do globo onde soaram os alarmes de perigo. Segundo a BBC, as autoridades não registaram mortes, mas existem feridos. E foram evacuadas cerca de 2 milhões de pessoas ao longo do Pacífico, só no Japão foram 1,9 milhões.
A conta Learning Something publicou na rede social X uma simulação de todos os sismos que ocorreram no planeta no último ano e é impressionante como a representação 3D do planeta mostra como a Terra foi “sacudida”, sobretudo nas junções das placas tectónicas.
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