Há já vários anos que o investigador Shawn Bishop, da Universidade Técnica de Munique, estuda os fósseis de bactérias primitivas que se podem encontrar no leito oceânico. Bishop está em busca de vestígios de um isótopo férreo que emanou de uma explosão de uma supernova há cerca de 2,2 milhões de anos e que se acredita que tenham “aterrado” na Terra. E esses vestígios podem ser encontrados nestes microorganismos.

O isótopo em causa, o 60Fe, não é produzido naturalmente no nosso planeta e é um dos elementos derivados da morte de uma supernova. A descoberta na crosta oceânica deste elemento prova que os produtos de uma explosão destas encontraram o seu caminho até à Terra.

De acordo com um documento onde são explicados os resultados da investigação, Bishop escreve que se suspeita que a chegada destes materiais à Terra coincide com o início do Plistocénico, um período geológico pautado por frequentes glaciações. Isto pode sugerir uma relação de “causa-efeito” entre a chegada à Terra de elementos originados pela explosão de supernovas e as alterações climáticas sentidas no nosso planeta.

Em 2013, segundo o Gizmodo, Shawn Bishop publicou os resultados preliminares desta investigação. Agora, o cientista parece ter encontrado a prova de que precisava para suportar a sua teoria.