Apenas no dia 9 de novembro será apresentado oficialmente ao mundo o Ai Pin, o primeiro produto da Humane, uma startup criada em 2017 pelos ex-funcionários da Apple, Bethany Bongiorno e Imran Chaudhri, que trabalharam em produtos como o Mac, iPhone e Apple Watch. E do que se trata? É um wearable, em forma de alfinete, alimentado por inteligência artificial. A empresa lançou um primeiro teasing, com informações muito escassas sobre o seu formato e forma versátil de como este poderá ser utilizado.

Apesar da promessa de ser totalmente revelado em novembro, o alfinete foi mostrado no Paris Fashion Week, em colaboração com a casa de moda parisiense Coperni. A Humane tem uma visão que diz ser emergente na convergência entre humanos e inteligência artificial. E a colaboração com a Coperni pretendeu mostrar que o design, criatividade e tecnologia podem ser condutores e força cultura para a mudança.

Veja na galeria imagens da demonstração teasing do Ai Pin:

Sem qualquer ecrã, o Ai Pin é um equipamento que funciona autonomamente e é uma plataforma de software desenhada de raiz para inteligência artificial. Ou seja, este alfinete não precisa de ser emparelhado com um smartphone ou outro equipamento. A empresa explica que o wearable criado para a roupa utiliza diversos sensores que ligam interações computorizadas, naturais e intuitivas, desenhado para ser utilizado no dia-a-dia.

Humane
Imran Chaudhri e Bethany Bongiorno são ex-funcionários da Apple e fundadores da Humane. Fonte: Humane

O equipamento foi construído com prioridade na privacidade. Não tem nenhuma palavra-chave para o acordar, pois não está sempre à escuta. O objetivo da startup é construir produtos focados na confiança dos utilizadores. Este inclui um sistema ótico de reconhecimento alimentado por IA e um ecrã projetado por laser. Funcionalidades que são alimentadas por uma plataforma Snapdragon da Qualcomm.

Durante uma conferência dada por Imran Chaudhri, foi mostrado duas breves funcionalidades do equipamento. A primeira foi a tradução em tempo real do que estava a dizer em inglês para francês, enquanto mantinha o botão pressionado do equipamento. A segunda é a projeção de mensagens para a palma da mão, assim como um alerta de chamada telefónica, como pode ver na galeria.

Desde a sua criação há seis anos que a Humane tem sido misteriosa quanto ao que estava a criar, uma estratégia que os seus líderes parecem ter herdado da sua passagem pela Apple. Segundo o TechCrunch, a startup levantou 30 milhões de dólares de financiamento Série A no final de 2020, com uma avaliação de 150 milhões de dólares; e em setembro de 2021 amealhou 100 milhões numa ronda B, onde entraram empresas como a Tiger Global Management, SoftBank, BOND, Forerunner Ventures e a Qualcomm. No último mês de março obteve mais 100 milhões.

A empresa está assim bem financiada e com a credibilidade necessária no que diz respeito a tecnologia de inteligência artificial, uma vez que Sam Altman, o líder da OpenAI, é um grande investidor no projeto. A dona do ChatGPT é inclusivamente colaboradora na componente de IA do Ai Pin.

Seja por ser um equipamento com um formato único e associado à indústria da moda, o certo é que o Ai Pin levanta curiosidade. Será um assistente pessoal sempre presente e sem necessidade de mexer num smartphone? Quais são as funcionalidades inovadoras com suporte no seu display projetado por laser além das mensagens? Perguntas que serão certamente respondidas no dia 9 de novembro.