Michael Silver e Neil MacDonald, analistas da Gartner referiram ontem numa conferência em Las Vegas que os produtos Windows da Microsoft estão "ruir" e necessitam de uma mudança radical ou de serem substituídos antes que se tornem ultrapassados.



Ambos apontaram especificamente que a taxa de adopção destes produtos por parte das empresas era cada vez mais lento - 6 por cento até à data no caso do Vista - e o facto de o código base dos sistemas operativos expandir, tornando impossível criar rapidamente uma nova versão do Windows com mudanças significativas, citavam vários órgãos de comunicação social internacionais.



No entender dos especialistas este foi um ponto fulcral que marcou o "declínio" do Vista. Os consumidores esperaram tempo demais até ter uma nova versão do sistema após a saída do XP e agora não conseguem encontrar um motivo suficientemente forte para abandonar o software que já possuem por um mais caro e que exige mais dos seus computadores. A tendência é que estes esperem pela chegada do Windows 7.



Para a maioria dos early adopters, o browser da Microsoft é o único produto que mantém o destaque e a popularidade, referiram os analistas salientando o facto de os restantes produtos perderem destaque dado o aparecimento de aplicações alternativas como as oferecidas pelo Google Docs, que compete directamente com o Office.



A Microsoft factura anualmente milhares de milhões de dólares com as vendas dos seus produtos. Só do Windows as receitas anuais chegam a ser de 15 mil milhões de dólares por ano, enquanto que produtos como o Office e o Exchange Server renderam 16 mil milhões de dólares no ano passado.



Pelas contas dos especialistas, estes valores representam 60 por cento das receitas totais da Microsoft, o que significa que, sem estes produtos, a empresa "não seria viável".
Para já, a única questão que foi deixada no ar durante a apresentação dos membros da Gartner não foi "o que pode a Microsoft fazer para renovar os seus produtos?" mas sim "mesmo que o Windows e o Office fossem perfeitos, seria o suficiente para manter a Microsoft numa posição estável?".



Para melhorar a situação da Microsoft, Michael Silver e Neil MacDonald sugerem que a empresa aposte em factores realmente determinantes para conquistar o público, entre os quais, capacidades de segurança avançadas, tornar a migração entre versões mais fácil e simplificar a estratégia de licenças em equipamentos específicos.



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