A Apple anunciou alterações às restritivas políticas de aprovação das aplicações a serem disponibilizadas na sua loja virtual. Para além da flexibilização, nomeadamente permitindo o desenvolvimento com recurso a ferramentas de terceiros, passa também a fornecer uma lista de "orientações", que ajudam os programadores a perceberem quais as características que podem ajudar ou dificultar a aceitação das suas criações.

A Adobe - uma das principais afectadas pelas restrições impostas no início deste ano, que inviabilizavam a utilização do seu software de desenvolvimento por quem quisesse programar para o iOS - já se manifestou, afirmando que são "grandes notícias para os programadores".

A empresa adiantou que vai voltar a trabalhar na sua ferramenta que permite aos programadores criarem, em Flash, conteúdos para o sistema operativo móvel da Apple. O adobe Packager para iPhone é uma das ferramentas fornecidas com o Flash Professional CS5, que já pode ser usada, mas a fabricante tinha declarado que iria deixar de trabalhar em actualizações.

Note-se no entanto, que a notícia não significa que o iPhone, iPod e afins vão passar a suportar conteúdos em Flash, apenas que vai voltar a ser possível usar a ferramenta que permite desenvolver nesta plataforma e converter o resultado para que este seja compatível com os produtos da Apple.

A decisão da empresa de Cupertino vem trazer mudanças às secções 3.3.1, 3.3.2 e 3.3.9 da licença iOS Developer Program, detalha a empresa, num comunicado onde explica que estas se destinam a "descontrair [os programadores] face a algumas das restrições"colocadas em prática no princípio de 2010 - que foram mal acolhidas pela comunidade.

A fabricante diz ter "ouvido os técnicos", "levado em consideração o seu feedback" e procedido às alterações "com base nas suas indicações". Entre mais as importantes está o levantamento das restrições quanto às ferramentas de desenvolvimento usadas para criar as aplicações iOS, "desde que as aplicações finais não façam o download de qualquer código", ressalva.

Novidade é também a publicação, pela primeira vez, das App Store Review Guidelines, uma lista que deverá ajudar os programadores, principalmente os mais novos nestas andanças, a perceberem quais os critérios que ajudam a nortear a aprovação do software a entrar na loja da Apple.

Ainda assim, estes apresentam-se dotados de uma enorme carga subjectiva - e alguma dose de moralismo no que respeita aos conteúdos que incluam, por exemplo, nudez. Jogos que identifiquem os inimigos como pertencendo a uma raça ou etnia em particular ou aplicações "mal intencionadas" também não são bem-vindas.

Aplicações que "consumam demasiada bateria ou contribuam para um excessivo aquecimento do dispositivo", com "conteúdos alugados ou serviços que depois expiram" são outros dos exemplos mal vistos pela empresa, numa lista de "orientações" que inclui indicações como "se a sua aplicação foi rejeitada, nós temos um Conselho de Revisão para o qual pode recorrer, mas correr para a imprensa a enxovalhar-nos nunca será uma boa opção".

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