A ARM terá decidido que não vai vender a sua plataforma Neoverse V à chinesa Alibaba. A empresa terá concluído que a tecnologia está abrangida pelas restrições impostas, tanto pelo governo dos Estados Unidos, como pelo Governo britânico, à venda de chips e tecnologias de processamento avançadas à China e à Rússia.

Estas restrições, recorde-se, limitam a exportação de tecnologia de processamento inovadoras que possam vir a ser usadas pelos países de destino para fins militares. A comercialização só pode acontecer mediante uma autorização especial das autoridades, que a ARM decidiu não solicitar por considerar que seria negada, segundo noticia o Financial Times.

Como sublinha o jornal, é a primeira vez que a ARM, cuja tecnologia está em quase todo o tipo de dispositivos eletrónicos, desde telemóveis a tablets, passando por consolas, decide não licenciar o design do seu chip mais avançado na China.

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A ARM não produz chips propriamente ditos, mas a sua arquitetura RISC é amplamente usada em todo o mundo. É licenciada pelos maiores fabricantes mundiais de processadores, como a TSMC e a Samsung, e por várias outras empresas que fabricam os seus próprios processadores em cima do design da ARM, como faz a Apple.

O Neoverse V2 é a inovação mais recente da marca e o núcleo de processamento com melhor performance já desenhado pela empresa. Não vai chegar a clientes chineses, se a decisão da empresa britânica (detida pelos japoneses do Softbank) se mantiver. Um dos argumentos na base da decisão, por enquanto, é o facto de parte do desenvolvimento da plataforma Neoverse V2 ter sido feito nos Estados Unidos, um dos critérios para as restrições impostas à exportação pelo governo de Biden.

O FT avançou, também esta terça-feira, que os Estados Unidos se preparam para alargar a lista de fabricantes chineses sujeitos a sanções no país. A visada será a YMTC que terá violado as regras impostas pelo país sobre a venda de equipamentos (memórias NAND nestes caso) à Huawei. Em causa estão, mais uma vez, tecnologias desenvolvidas ou parcialmente desenvolvidas nos EUA.

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