A Assoft apresentou ontem em conferência de imprensa os últimos números apurados recentemente pela BSA (Business Software Alliance) e a IDC relativamente à taxa de utilização de software ilegal no mundo. Embora Portugal esteja longe das taxas de 90 por cento apresentadas por países como o Vietname, Ucrânia ou China, a Associação Portuguesa de Software estima que além dos 40 por cento de pirataria apurados pela BSA se devem contabilizar mais 10 por cento motivado pela venda em aos sites de leilões, anúncios e newsgroups.
O estudo da BSA e da IDC, que o TeK já havia noticiado (veja Notícias Relacionadas), mostra que a média mundial de software pirateado se situa nos 35 pontos percentuais, traduzindo uma perda de 32,695 mil milhões de dólares em receitas para a indústria. Comparativamente ao ano homólogo, esta taxa desceu um ponto percentual, um factor considerado positivo.
Relativamente a Portugal as receitas perdidas rondarão os 64,93 mil milhões de euros, o que significa que se as empresas e utilizadores tivessem adquirido o software legalmente o Estado arrecadaria cerca de 12,34 milhões de euros pela cobrança dos 19 por cento de IVA. A juntar a esta lista aos 40 por cento calculados pela IDC/ BSA a Assoft adiciona outros dez pontos percentuais referentes às vendas de software pirateado em sites de leilões, anúncios e via newsgroups.
Manuel Cerqueira, presidente da Assoft, apresentou ainda os resultados do protocolo estabelecido com a PJ no início do ano. Perante as diversas campanhas de sensibilização foram devolvidas cerca de 12 mil das cartas por motivos de falência ou alteração de morada, mas o feedback obtido ronda as sete mil cartas por mês. “Significa que o ciclo de respostas requer alguns meses, tempo necessário para a legalização. O ritmo coincide com as nossas previsões”, afirmou.
A Assoft vai continuar a interagir com a PJ, IGAC e IGAE mediante outras campanhas contra o uso de software ilegal. Para tal, a associação celebrou um acordo com a BSA que disponibilizou meios financeiros para colaborar na formação especializada de técnicos e peritos, na expansão das campanhas de sensibilização a nível internacional.
De acordo com as previsões da IDC, as empresas e consumidores irão gastar mais de 300 mil milhões de dólares em software nos próximos cinco anos, mas devido às elevadas taxas de pirataria, durante este mesmo período o volume de software pirateado rondará os 200 mil milhões de dólares. O aumento ou redução da pirataria é resultado de um conjunto de factores económicos, sociais, educacionais e até políticos mas, “se nada se fizer para combater estes números a pirataria não vai diminuir”, disse Manuel Cerqueira, presidente da Assoft.
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