Na impossibilidade de uma apresentação pública, um evento internacional que se iria realizar no Porto em março, a Asus acabou por revelar os novos produtos numa reunião online com a imprensa nacional. André Gonçalves, PR Manager para WEMEA da Asus, foi o anfitrião para a revelação da sua nova linha de portáteis, que surgem em sintonia com a introdução dos novos processadores da Intel.
Antes disso, André Gonçalves realçou que a Asus pretende ir mais além no conceito de produtos gaming, incentivando a comunidade a usufruir de uma experiência sob a marca ROG. Salientou, nessa diferenciação, o design dos produtos, destacando o vermelho e preto como cores standard de vanguarda no design do hardware de gaming, tons que estão a ser utilizadas por outras marcas para representar a respetiva linha de gaming, afirma, piscando o olho a HP Omen e Lenovo Legion. O uso de linhas agressivas e ângulos não balanceados são aspetos “rebeldes” que a marca introduz em cada produto, destacando a sua personalidade, que se reflete nos seus consumidores.
Novos paradigmas na construção de portáteis
“Estamos a personalizar os nossos utilizadores, tal como as personagens de um RPG cyberpunk, em que cada um utiliza as suas armas para defrontar os seus opositores”, refere André Gonçalves, a comparar a personalização dos produtos para cada jogador. A empresa reconhece uma nova geração de público, neste caso a Gen Z, em que 91% dos homens jogam videojogos. E 68% dizem que o gaming faz parte da sua identidade. “Já não existe a pergunta se és gamer. Praticamente todos assumem essa mesma cultura”.
André Gonçalves destaca um estudo da Newzoo, em que 46% do público de gaming é feminino, se considerar-se a inclusão do casual gaming e os jogos de smartphones. É público que a Asus necessita de responder para levar o gaming a todo o lado, seja no PC, mobile ou mesmo a assistir aos streamings dos produtores de conteúdo.
“Um fator essencial da Gen Z que evolui para o público geral, é que o gaming é o fator-chave do entretenimento, jogam mais do que vão ao cinema ou veem televisão”, refere o responsável da Asus. Essa envolvência obriga a uma maior versatilidade por parte da empresa. “Ninguém tem um portátil para jogar e outro para trabalhar. Todos compram para trabalhar, mas para outras soluções seja jogar ou fazer streaming de jogos”. Introduzir portáteis mais leves e finos é uma das suas propostas, como é o caso da linha Zephyrus.
Veja na galeria em baixo o novo Zephyrus Duo 15
A Asus acredita que os criadores de conteúdos são catalisadores que puxam pelo mercado de portáteis de gaming, uma vez que precisam de trabalhar em imagem e vídeo, mas colocando o gaming no foco central das suas escolhas, salienta André Gonçalves. E são eles o foco principal do pensamento da Asus.
E para a nova geração de portáteis, a marca adota os processadores Intel Core i9 de décima geração, placas gráficas NVidia GeForce RTX e a compatibilidade para Wi-fi 6 nos seus computadores, que embora não sejam totalmente úteis para já, a fabricante define o standard do futuro. A Asus realça ainda a qualidade atual dos monitores para portáteis que já ultrapassaram os standalone, oferecendo imagens a 300 Hz e com IPS nos seus topos de gama, calibrados de fábrica com certificação Pantone, algo que para artistas e criadores de conteúdo é importante.
Novas tecnologias na fabricação e design
A Asus passou também a produzir os seus sistemas de refrigeração, incluindo a equipa de design e a equipa térmica, que entram num “confronto saudável” para encontrar as soluções mais radicais para as suas propostas, fazendo a tecnologia evoluir mais rapidamente, além de se tornarem standard para o mercado, e dessa forma a puxar a “carroça” tecnológica para a frente. Seja designs para baixar a temperatura de funcionamento ou reduzir o peso e espessura dos componentes.
Atualmente dispensa-se mais o overcloacking, usando sistemas inteligentes internos para se autorregular, refere André Gonçalves. Quando se tem uma motherboard concebida de raiz, consegue-se oferecer mais que um design de referência standard. No entanto, os utilizadores continuam a poder mexer nos componentes, sejam os núcleos dos processadores, overcloacking ou outras configurações na app Armory da Asus. Há perfis pré-definidos, como o Turbo, modo silencioso, performance, e tudo é feito automaticamente, mediante o conteúdo. É possível mesmo controlar manualmente as ventoinhas, nesta décima geração, seja desligá-las completamente, como colocar a médio ou máximo. Claro que em situações de risco, devido a alterações de temperatura por se desligarem as ventoinhas ou de overcloacking extremo, o sistema toma controlo e volta a refrescar a máquina.
A Asus afirma que foi a primeira fabricante a introduzir carregamento via USB-C com sistema de “power delivery”, permitindo aos portáteis carregarem através de um power bank. Os novos modelos têm carregadores de 180, 240, 280 W, com a possibilidade de fazer reverse charging, utilizando a bateria do portátil para carregar telemóveis. A fabricante promete carregadores mais pequenos que a geração anterior em cerca de 20%, mas também mais leves, com vantagens de aquecerem menos e serem mais eficientes. A Asus aponta para 60% do computador carregado em 30 minutos.
Um dos dilemas da empresa prende-se com a tecnologia NVidia Optimus, um sistema que permite desligar a placa gráfica dedicada, apoiando-se no GPU integrado no CPU da Intel para prolongar a autonomia. Mas isso implica que a saída interna do sinal para o monitor tenha que ser ligada a essa gráfica, o que impossibilita o G-Sync, ou seja, a capacidade de sincronizar o refrescamento das frames da placa ao monitor, e dessa forma manter os jogos mais fluídos sem quebrar as imagens.
A tecnologia NVidia Optimus – um sistema que permite desligar a placa gráfica da Nvidia, apoiando-se na placa gráfica integrada no cpu da Intel, o que aumenta a eficiência. Mas isso implica que a saída do monitor tenha de estar ligada à gráfica do CPU. Para obter o G-Sync, a capacidade de sincronizar os refresh rates à velocidade do monitor, sobretudo para jogos, para não haver perda de frames. As imagens quebram-se, numa frequência constante.
A Asus desenvolveu uma tecnologia "in house" para intercalar os dois sistemas de output de vídeo, introduzindo dois rails de saída, semelhante a ter dois PCs ligados ao mesmo monitor, mas utilizando um GPU Switch, sem necessidade de reiniciar a bios.
Outra vertente importante é o DIY para que os utilizadores abram os portáteis, para mudar componentes e fazer ugrades. Os selos de garantia das máquinas não tapam os parafusos. A marca aposta nos parafusos para facilitar a abertura, sem os habituais ganchos de pressão, para que os utilizadores abram as tampas rapidamente.
Por fim, e antes de falar dos seus novos portáteis, a empresa estabeleceu uma parceria com a Games Planet, para venda de chaves de videojogos legitimas, com alguns descontos oferecidos pela Asus.
Zephyrus Duo 15 pauta a décima geração de portáteis Asus
A Asus afirma que todos os portáteis da décima geração ROG utilizam metal líquido nos contactos, mas com uma composição especial para manter o máximo de eficiência e evitar curto-circuitos.
Nesse sentido, o ROG Zephyrus Duo 15 passa a ser a joia da coroa dos portáteis da Asus, uma evolução das suas máquinas de dois ecrãs, depois do ZenBook Duo. Trata-se de um portátil ultra-fino direcionado ao gaming, com um ecrã principal de 15 polegadas e um secundário tátil de 14,1 polegadas, oferecendo ainda mais área que o anterior. Tal como foi mostrado, o ecrã inferior levanta-se da base quando o principal é aberto, permitindo ao utilizador regular os ângulos de forma independente. Em baixo do segundo ecrã abre-se um espaço de ventilação, oferecendo assim mais uma passagem de ar para refrescamento.
O ecrã principal corre imagens a 300 Hz e tem 3 ms de taxa de refrescamento. No interior tem um processador Intel Core i9 de 10ª geração, 32 GB de RAM a 3200 MHz, dois SSD de 1 TB em RAID 0. Tem ainda uma gráfica NVidia GeForce RTX 2080 SUPER. Tem ainda uma bateria de 90 Wh, para alimentar os dois ecrãs.
Ainda relativamente aos ecrãs, o principal apresenta imagens panorâmicas a 16:9, mas o segundo pretende ser dinâmico, adaptando-se à utilização, com diferentes rácios de imagem. O utilizador pode optar por uma imagem a 32:9, o equivalente a um monitor panorâmico; dividi-lo em dois de 36:9, equivalentes a dois ecrãs ROG Phone; ou em três imagens a 48:9, mais ou menos três pequenos ecrãs de 5,5 polegadas “independentes”.
Desta vez a Asus pretende dar mais personalidade ao segundo ecrã, oferecendo ainda mais possibilidades. A empresa estabeleceu uma parceria com a Overwolf, uma empresa especialista em overlays personalizados, que podem ser adicionados ao ecrã adicional. Por exemplo, os utilizadores podem transformar o ecrã numa espécie de companion app que é típico de um smartphone, para ajudar nos jogos com informações adicionais, como por exemplo, League of Legends, Fortnite e CS: GO. E já há estúdios a trabalhar com a configuração do segundo ecrã, como a Techland que vai permitir utilizá-lo como chat em Dying Light 2.
Relativamente à disponibilidade do ROG Zephyrus Duo 15, ainda não há data para Portugal, apenas um “brevemente”, assim como os preços. Mas prepara-se para gastar alguns bons milhares neste topo de gama.
O “rosa-choque” é a cor futurista de Cyberpunk
Inspirado pelos ambientes futuristas de Cyberpunk, nomeadamente o videojogo criado pela CD Projekt RED, o ROG Strix G tem uma edição especial Electro Punk, apresentando uma vibrante rosa “punk rock”, que faz lembrar os neons dos filmes de ficção científica. O computador é acompanhado por uma linha de acessórios para fazer “pandã”, entre eles o teclado, rato, tapete de rato, auscultadores sem-fios e mochila, recheados pelo habitual sistema de iluminação Aura Sync.
O novo ROG Strix G15 tem no seu interior um processador Intel Core i7 de 10ª geração, com oito núcleos e 16 threads. A gráfica é uma NVidia GeForce GTX 1650 Ti para dar vida a um ecrã de 144 Hz. Tal como o seu irmão Zephyrus, tem suporte Wi-fi 6, assim como armazenamento SSD NVMe PCIe 3.0. Tem duas slots extra caso os utilizadores queiram adicionar mais SSD, suportado por tecnologia RAID 0. Suporta até 32 GB de SDRAM DDR4 3200 MHz.
A fabricante não anunciou o preço e disponibilidade do modelo em Portugal.
Por fim, o trio dos principais computadores portáteis da Asus fecha com o ROG Strix SCAR 17, um modelo concebido sobretudo para os eSports, equipado com os principais componentes topo de gama do mercado. A começar pela sua gráfica, uma NVidia RTX 2080 SUPER, que alimenta um ecrã de 17 polegadas a 300 Hz, com taxa de refrescamento de 3 ms.
No seu interior tem um processador Intel Core i9-10980-HK de décima geração, com 8 núcleos e 16 threads; acompanhado de 32 GB de RAM DDR4-3200. Tem dois SSD NVMe RAID-0 e slot para um terceiro.
O computador ainda não tem uma data de lançamento.
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