Entre os serviços da Administração Pública, é a nível da administração local que o software livre tem mais peso, de acordo com as conclusões de um estudo divulgado hoje. Nos sistemas operativos da administração local o software de código aberto tem um peso de 58 por cento.



Nos servidores a opção representa 47 por cento das instalações e nas aplicações usadas pelos organismos 61 por cento revelando-se esta, nas três áreas estudadas, uma opção mais comum no poder autárquico, que na AP central ou regional.



Na Administração Pública Central o software de código aberto está na base de 41 por cento dos sistemas operativos de suporte a serviços públicos. Dá suporte a 41 por cento dos servidores de Internet e a 54 por cento das aplicações.



Nos organismos da Administração Pública regional, o software de código aberto tem um peso mais reduzido. Nos sistemas operativos tem uma penetração de apenas 20 e 14 por cento, respectivamente para Madeira e Açores.



Nos servidores de Internet as opções de código aberto dominam em 31 por cento dos casos na Madeira e 11 por cento dos casos nos Açores, enquanto ao nível das aplicações os organismos da Madeira escolhem o suporte open source em 36 por cento dos casos e os organismos dos Açores em 23 por cento das situações.



Os dados, divulgados pela UMIC, que coordenou a realização destes Inquéritos sobre a Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Administração Pública 2010, apontam ainda algumas conclusões relativamente à segurança.



Os números mostram que entre 2005 e 2010 a utilização de servidores seguros nos serviços da AP central cresceu 71 por cento. A utilização de filtros anti-spam e de cópias de segurança alojadas no exterior dos serviços também aumentou de forma relevante. Respectivamente, 53 e 52 por cento. No caso dos filtros anti-spam tornaram-se uma prática quase generalizada nos serviços públicos centrais, usados por 93 por cento dos serviços.



O estudo procurou ainda conhecer índices de utilização de sistemas de antivírus e firewall e encontrou taxas ainda mais elevadas (98 e 96 por cento). Nas câmaras, os números são idênticos.



Ontem, o TeK já tinha adiantado outras conclusões dos Inquéritos sobre a Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação na Administração Pública em 2010.