A maneira destes animais se movimentarem "baralha" os carros autónomos da Volvo, que não conseguem identificar os marsupiais.
David Pickett, técnico na Volvo Austrália, disse à ABC Austrália que os saltos dados pelos cangurus para se deslocarem acabam mesmo por confundir o sistema de deteção dos carros autónomos da marca. “Notámos que quando os cangurus vão a meio do salto, no ar, o sistema assume que eles estão mais longe e, quando volta a pisar o solo, já assume que estão mais perto”, disse o técnico.
O sistema de deteção já foi testado com outros animais selvagens e ficou provado que consegue identificar diversos animais, incluindo alces e veados. O problema de deteção deve-se ao facto de o carro utilizar o solo como ponto de referência para determinar a distância a que o animal está, ficando confuso com o canguru assim que este salta para se deslocar.
Segundo NRMA, como indica a ABC, existem mais de 16 mil colisões com cangurus por ano na Austrália o que, segundo a AAMI, equivale a que nove em cada 10 acidentes com animais na Austrália envolvam estes marsupiais.
Kevin McCann, responsável na Volvo Austrália, disse ao The Guardian que este é apenas mais um passo no avanço dos carros autónomos que leva ao ajuste de software enquanto o sistema é testado em diferente cenários. “Qualquer empresa que queira trabalhar com carros autónomos vai ter o mesmo trabalho de desenvolvimento”, disse McCann esclarecendo ainda que “não lhe chamamos deteção de cangurus mas sim deteção de pequenos animais”.
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