Ultrapassada uma primeira fase de testes na qual participaram 500 voluntários, o programa Africa@home está agora à procura de mais candidatos que queiram ceder a capacidade de processamento não utilizada pelos seus computadores para correr um programa que pretende avaliar a disseminação da malária em África. A iniciativa é coordenada pelo CERN e tira partido do potencial de grid computing, tal como outros programas anteriores de investigação têm feito.

Os voluntários têm apenas de instalar nos seus computadores um programa, o MalariaControl.net, desenvolvido por investigadores no Instituo Tropical da Suiça. Este programa simula a forma como a malária se propaga, procurando ajudar os investigadores a compreenderem e melhorarem o impacto de novos tratamentos.

Anualmente a malária é responsável pela morte de um milhão de pessoas na África Sub-sahariana e a maior causa de mortalidade entre as crianças com menos de cinco anos.

Os resultados processados nos computadores de cada um dos voluntários são regularmente enviados para um servidor na Universidade de Genebra, sendo depois avaliados pelos investigadores. Na primeira fase dos projecto os resultados conseguidos pelos 500 voluntários ao longo de alguns meses foi equivalente a 150 anos de processamento num único computador.

Existem vários projectos colaborativos baseados em grid computing, sendo o mais conhecido o Seti@home, que pretende pesquisar a existência de vida inteligente no Universo.

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