Pedia-se criatividade e talento e os participantes na hackaton do Pixels Camp responderam. Mais de 50 equipas subiram ao palco no último dia da conferência, depois de uma maratona de 48 horas de programação, para apresentar os seus projetos e as ideias para "mudar o mundo" dominaram os temas.

O bem estar de idosos e crianças, a integração de migrantes e outros desafios sociais foram abordados, respondendo aos desafios dos patrocinadores, mas não faltaram ideias de impressão 3D, e-commerce, projetos sociais, Internet of Things, retalho autónomo, pagamentos em criptomoedas, gaming, soluções aplicadas ao turismo, entre outras. Ao todo foram submetidos 88 projetos, mas nem todos chegaram à fase final.

No último dia do Pixels Camp cada equipa teve apenas 90 segundos para "vender" a sua ideia e depois a votação era feita na plataforma Taikai, usada para submissão e votação de projetos, usando os KAI, a moeda virtual que foi oferecida aos membros da comunidade. Segundo os dados foram realizadas mais de 10.400 transações.

Pixels Camp: Está aberta a “caça” à criatividade e talento no maior hackaton português
Pixels Camp: Está aberta a “caça” à criatividade e talento no maior hackaton português
Ver artigo

O projeto mais votado pelos mais de 1.600 participantes foi Salazar, uma plataforma que faz um uso "racional" da alimentação. A aplocação permite ouvir uma receita, a partir de um vídeo ou programa de televisão, e faz automaticamente a lista de compras e a contagem das calorias, revelando quando o limite diário recomendado é ultrapassado. Por ter recebido a maior votação do público recebeu cerca de 8 mil euros em prémios.

O projeto “Kind”, um chatbot para combater o ciberbullying, recebeu 2 mil euros e horas de mentoria com a Maze, do Hack for Good da Fundação Calouste Gulbenkian, que participou pela primeira vez no Pixels Camp.

Além da maratona de programação os participantes no Pixels Camp puderam assistir a mais de 100 palestras e workshops que decorreram durante os três dias, e muitos eventos de entretenimento e lazer, que se estenderam ao longo dos três dias, entre 21 e 23 de março, animando o Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa.

De notar que esta edição do Pixels Camp contou ainda com uma programação especial dedicada ao empreendedorismo, no evento Insert Coin Live, onde o foi revelado o vencedor do concurso da Bright Pixel. A Blockbird.data, plataforma de auditorias e tratamento de dados baseada em blockchain, foi a escolhida e recebeu um prémio de mais de 30 mil euros, em valor monetário e em serviços de apoio à criação do negócio. Vai ainda contar com o apoio da Bright Pixel para se desenvolver.

Para Celso Martinho, CEO da Bright Pixel, a terceira edição do Pixels Camp foi um sucesso, tendo superado as nossas expectativas. "Mais de 1600 pessoas passaram pelo evento, das quais nem todas participaram no hackathon, o que revela que o Pixels Camp é muito mais do que isso. É um encontro da comunidade que celebra a tecnologia, talento e a criatividade, e reúne empresas muito relevantes do setor que acreditam na inovação e no poder da partilha de conhecimento e da experimentação”, explica.