Cometer um crime online vai passar a ser tão grave como cometer um crime na vida real. A proposta, feita pelo governo britânico mas lido pela rainha, prevê que “os ciberataques que resultem em perda de vidas, doenças graves ou lesões ou danos sérios para a segurança nacional, ou um risco significativo”, possam ser condenados com prisão perpétua.



De acordo com o The Guardian, a proposta também prevê penas mais pesadas para os piratas informáticos que pratiquem espionagem empresarial – um problema que tem vindo a afetar o desempenho de algumas companhias britânicas.



Para os crackers da ciberespionagem, a pena máxima iria até 14 anos, caso o ataque tivesse um forte impacto na economia, no ambiente ou no seio social. O limite atual é de 10 anos.



Especialistas ouvidos pelo jornal dividem-se quanto à nova proposta. Jim Killock, do grupo dos Direitos Abertos, considera que a legislação já prevê penas para assassinos, seja através do computador ou de outras práticas. Mustafa Al-Bassam, um investigador que já foi condenado por participar em ações dos LulzSec, considera que os casos mais graves só acontecem “em filmes de Hollywood” e que a lei é desajustada.



Uma situação que parece ter ficado por esclarecer é ao nível da investigação de segurança informática. Escreve o diário britânico que à luz das leis atuais, os investigadores informáticos podem estar a cometer crimes quando estão a realizar os estudos.



Um elemento da empresa de segurança Rapid7 explicou que se por exemplo, um investigador tivesse a explorar a falha de segurança Heartbleed para fins académicos, estava sujeito a ser condenado pela lei britânica. “É preocupante que a lei desenhada para proteger as pessoas do cibercrime também penalize as atividades desenhadas para identificar áreas de risco cibernético”, analisou Trey Ford.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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