
Em 2017 menos de metade dos trabalhadores no país (42%) tinham computador no local de emprego, valor 14 pontos percentuais da média da União Europeia, revela um estudo do Centro de Relações Laborais (CRL).
"A percentagem de trabalhadores com computadores, na média dos países da UE [em 2017 é de 56%, enquanto em Portugal atinge os 42%", indica o estudo "A Economia Digital e a Contratação Coletiva", com base em dados do Eurostat, da OCDE e do Ministério do Trabalho, que será apresentado esta quinta-feira.
Em matéria de processos de recrutamento, o estudo mostra como as tecnologias digitais se tornaram um recurso corrente na seleção de trabalhadores pelas empresas, bem como a importância crescente de plataformas digitais, como o Linkedin, e de motores de busca, como a Google, o YouTube ou o Facebook, para recolha de informação sobre as pessoas.
"Contudo, chama-se também a atenção para os riscos acrescidos de invasão da esfera privada das pessoas que decorrem destas formas abertas de acesso à informação", lê-se no documento, a que a Lusa teve acesso.
Apontam-se ainda “os riscos acrescidos que a utilização de tecnologias digitais em ambiente laboral acarreta para os direitos de personalidade dos trabalhadores" em áreas como a recolha, armazenamento e tratamento de dados pessoais dos trabalhadores ou a distinção entre a esfera profissional e a privada.
Já relativamente aos modelos de negócio e de emprego, o relatório revela que o contrato de teletrabalho tem ainda "reduzida expressão" no conjunto dos trabalhadores por conta de outrem. Em 2016 apenas 0,03% da população empregada (851 trabalhadores) estava com este tipo de contrato.
"O grau de digitalização da economia portuguesa não é fácil de determinar", refere a autora do estudo, Rosário Palma Ramalho, professora da Faculdade de Direito de Lisboa. Os dados disponíveis "apontam para uma progressiva melhoria da situação portuguesa" quanto à digitalização da economia, embora ainda se divirja da média da UE em vários domínios.
Um dos exemplos é a percentagem de pessoas empregadas especialistas em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no total de pessoas empregadas, que em 2017 era de 2,2% da população empregada, abaixo dos 3,7% registados na UE.
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